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PF usou 7 máquinas e levou 14 horas para contar R$ 51 mi do bunker de Geddel

Foram apreendidos incríveis R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00 (ou R$ 8.387.366,40) em apartamento em Salvador que, segundo os investigadores, era usado por ex-ministro de Temer; é a maior apreensão de dinheiro vivo no País

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Por Julia Affonso e Fabio Serapião
Atualização:

Bunker dos R$ 51 milhões Foto: PF

A Polícia Federal usou sete máquinas para contar os R$ 51 milhões apreendidos no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A conferência da dinheirama atribuída a Geddel levou 14 horas para terminar - atravessou praticamente toda a terça-feira, 5, e invadiu o início da madrugada desta quarta-feira, 6.

Foram apreendidos incríveis R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro será depositado em uma conta judicial. É a maior apreensão de dinheiro vivo no País.

O valor em dólar foi convertido para real e chegou a R$ 8.387.366,40. Foi usada a cotação de venda desta segunda pelo Bacen - 1 dólar = 3,1203 reais.

O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal na manhã desta terça na Operação Tesouro Perdido, nova fase da Cui Bonno?. A ação fez buscas em um imóvel em Salvador e foi autorizada pela 10.ª Vara Federal de Brasília.

Bunker dos R$ 51 milhões Foto: PF

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A Tesouro Perdido mirou no local apontado como bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O apartamento seria usado para armazenagem de dinheiro em espécie.

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Ao autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel 'estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência'.

Foto: PF 

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Foto: PF 

Geddel está em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. O ex-ministro foi preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho.

A investigação é conduzida pelo delegado Marlon Oliveira Cajado que nas últimas semanas ouviu, entre outras pessoas, o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Um outro depoimento de Funaro já havia resultado na prisão de Geddel.

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Em depoimento à Procuradoria da República em Brasília, Funaro disse ter entregue 'malas ou sacolas de dinheiro' ao ex-ministro. O corretor declarou ter feito 'várias viagens em seu avião ou em voos fretados, para entregar malas de dinheiro para Geddel Vieira Lima'.

"Essas entregas eram feitas na sala VIP do hangar Aerostar, localizada no aeroporto de Salvador/BA, diretamente nas mãos de Geddel", declarou Funaro.

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Em agosto, Geddel se tornou réu por obstrução de Justiça. O ex-ministro teria atuado para evitar a delação premiada do corretor Lúcio Funaro, que poderia implicá-lo em crimes de corrupção na Caixa Econômica Federal.

VALORES FINAIS

R$ 42.643.500,00 (quarenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e três mil e quinhentos reais)

US$ 2.688.000,00 (dois milhões, seiscentos e oitenta e oito mil dólares americanos) * cotação de venda na data de hoje - fonte BACEN ( 1 dólar = 3,1203 reais) R$ 8.387.366,40

*TOTAL = R$ 51.030.866,40 (cinquenta e um milhões, trinta mil, oitocentos e sessenta e seis reais e quarenta centavos)*

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