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'Não há um teto mais furado do que esse', diz Gilmar sobre holerites da toga

Durante reunião da cúpula do Supremo para discutir a proposta de Lei Orçamentária Anual, ministro anotou que em São Paulo, a média salarial dos desembargadores é de R$ 70 mil, enquanto o limite da Corte máxima é de R$ 33,7 mil

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Por Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

Gilmar Mendes. Foto: Carlos Humberto/SCO/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse que o Judiciário 'tem que parar para refletir' sobre a questão do teto de vencimentos. "Hoje, há juízes que ganham mais do que desembargadores e desembargadores que ganham mais do que ministro do STF. Não há um teto mais furado do que esse", afirmou o ministro que disse 'não' ao reajuste do contracheque da Corte máxima.

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'Os valores são muito baixos', diz Lewandowski sobre reajuste no holerite dos magistrados

Durante reunião da cúpula do Supremo, nesta quarta-feira, 9, para discutir a Lei Orçamentária Anual, oito ministros concordaram em enviar a proposta para 2018 sem previsão de reajuste de seus próprios salários. Três ministros votaram na outra direção - Ricado Lewandowski, Luiz Fux e Marco Aurélio Mello.

Cármen Lúcia, presidente do STF, ponderou que o momento econômico do país 'exige prudência e responsabilidade'. Ela disse que 'a exigência é de sacrifício de todos os brasileiros'.

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Ao apoiar a proposta de Cármen contra o reajuste, Gilmar Mendes alertou para o fato de que um aumento no subsídio dos ministros do Supremo impacta diretamente no orçamento de todo o Judiciário, provocando um efeito cascata, uma vez que o índice seria aplicado automaticamente para os salários de toda a magistratura.

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Ele apresentou dados, segundo os quais, em São Paulo, a média salarial dos desembargadores é de R$ 70 mil - acima do teto constitucional que tem por referência o salário dos ministros do STF, que é de R$ 33,7 mil.

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