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Entidades de comunicação repudiam agressões a jornalistas

Fotógrafo do Estado Nilton Fukuda foi atingido por ovos arremessados por um homem que vestia camiseta da Central Única dos Trabalhadores, na noite desta quinta-feira, após anúncio do decreto da prisão de Lula

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Por Redação
Atualização:
Homem com camiseta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) joga ovo em fotógrafo do Estadão.Veja mais aqui Foto: NILTON FUKUDA/ESTADAO

SÃO PAULO - Associações de comunicação repudiam as agressões a jornalistas que ocorreram após o decreto da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo juiz Sergio Moro.

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A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) criticam com veemência as agressões e hostilidades ocorridas desde a noite de quinta-feira, 5, contra jornalistas que trabalham na cobertura dos eventos relacionados ao decreto da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

"Toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação aos cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada. A ABERT, a ANER e a ANJ se solidarizam com os profissionais e as empresas vítimas das agressões e hostilidades e esperam que todos os fatos sejam apurados pelas autoridades responsáveis, com a punição dos agressores, nos termos da lei. A liberdade de imprensa e o direito à informação são básicos nas sociedades democráticas, e estão sendo desrespeitados pelo autoritarismo dos agressores. Todos aqueles que prezam a democracia precisam se colocar contra esses lamentáveis episódios e se mobilizar para que não voltem a ocorrer. Sem jornalismo, não há democracia", destacou a nota.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também informou, em nota, que "a violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades."

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão no processo do caso triplex do Guarujá Foto: Lalo de Almeida/The New York Times

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O pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expedido pelo juiz Sérgio Moro na noite desta quinta-feira provocou agressões a jornalistas que cobriam os desdobramentos do caso. Foram registrados incidentes em São Bernardo do Campo e Brasília.

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Em São Bernardo do Campo, onde Lula passou a noite no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a imprensa teve que sair da sala onde estava, no térreo, para o terceiro andar do edifício, depois de acuados por militantes que tentaram forçar a entrada na área destinada aos profissionais.

O fotógrafo do Estado Nilton Fukuda foi atingido por ovos arremessados por um homem que vestia camiseta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na noite desta quinta-feira.

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Um carro do 'Correio Braziliense' foi atingido em frente à sede da CUT, na capital federal, por pelo menos 30 manifestantes que avançaram em direção ao veículo em que estavam uma repórter, uma fotógrafa e o motorista. Um vidro foi quebrado enquanto os militantes gritavam ofensas ao jornal e à imprensa de modo geral. O caso foi registrado na Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.

No mesmo local, equipes do 'SBT' e da 'Reuters' foram ameaçadas e cercadas. "Vocês vão sair daqui para o bem de vocês", ouviu um cinegrafista do canal televisivo. /Portal Estadão

 

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