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Em reunião, Temer promete 'coisas novas' nos meses restantes de sua administração

Presidente afirmou que encontro com ministros é um momento de incentivo para que todos possam prosseguir em suas tarefas

Por Fabrício de Castro , Carla Araujo , Lu Aiko Otta e Tania Monteiro
Atualização:

O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira, 12, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, que surgirão "coisas novas" no governo este ano, nos meses restantes de sua administração. "Programas novos, eventos novos. Temos praticamente mais nove meses de governo, o que significa que muito se pode fazer", disse.

Após participar de reunião ministerial com nova equipe, o presidente Michel Temer embarcará para São Paulo. Foto: AFP PHOTO/EVARISTO SA

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De acordo com Temer, o trabalho a ser desempenhado será o da continuidade. "Que possamos prosseguir com as mesmas teses, os mesmos programas e, consequentemente, com as mesmas vitórias", afirmou. "Ressalto muito a palavra continuidade. Fizemos muito. Portanto, se temos mais oito ou nove meses, temos muito a fazer ainda."

Temer afirmou que a reunião ministerial era um momento de incentivo aos ministros, para que todos pudessem prosseguir na tarefa desempenhada ao longo do tempo.

Ao citar as ações do seu governo, Temer também destacou o "princípio da legalidade", que segundo ele "permeia toda a atividade administrativa". "Os senhores agirão de acordo com os princípios básicos", disse aos ministros.

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A reunião ministerial  é a primeira entre o presidente Michel Temer e os onze novos ministros nomeados, após a desincompatibilização dos antecessores em função da eleição. Assumiram nesta semana: Eduardo Guardia (Fazenda); Esteves Colnago (Planejamento); Moreira Franco (Minas e Energia); Rossieli Soares da Silva (Educação); Alberto Beltrame (Desenvolvimento Social); Vinicius Lummertz (Turismo); Antônio de Pádua de Deus (Integração Nacional); Leandro Cruz Fróes da Silva (Esporte). Além disso, mais três interinos foram efetivados nos cargos: Marcos Jorge, que assumiu definitivamente o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Helton Yomura, que fica como ministro do Trabalho, e Gustavo do Vale Rocha (Direitos Humanos). 

Em um discurso de 40 minutos, o presidente também voltou a dizer que manteve a “equação político-partidária” ao formar seu novo ministério “porque no passado deu certo” e pediu que os novos titulares da Esplanada não se incomodem com críticas. “Não vamos nos incomodar com críticas. Não vamos nos incomodar com aqueles que querem dizer 'ah, não pode, etc, isso aquilo'. Nós vamos em frente. Enquanto as pessoas protestam, a caravana aqui do governo vai trabalhar”, concluiu.

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Ao ressaltar a recuperação econômica, o presidente não falou explicitamente sobre as denúncias que teve que derrubar na Câmara e nem sobre as operações que investigam pessoas de seu entorno, mas afirmou que algumas situações que "poderiam embaraçar o governo" serviram de "combustível". Segundo ele, ações foram tomadas sem embargo das dificuldades. "Podemos hoje reunir o novo ministério sob o império do sucesso", disse.

Venezuela. Ao falar das realizações do governo na área de Relações Exteriores, o presidente Michel Temer disse que o Brasil e o Mercosul têm "observações" sobre o quadro político na Venezuela, que causa prejuízo "ao povo venezuelano e ao Brasil." Isso pode ser comprovado pelo número de refugiados que chega ao País.

O presidente ressaltou o trabalho feito pelo Brasil no plano internacional no plano da defesa da democracia. "Temos tido atitude muito ativa, presente, pregando para fora os preceitos que aplicamos aqui.", disse Temer.

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Na nova equipe após a reforma ministerial, o Itamaraty segue chefiado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Ele havia cogitado sair do cargo para concorrer a uma reeleição, mas mudou de ideia. Segundo explicou em um vídeo postado em sua conta no Facebook, foi para dar espaço às novas lideranças que surgem no partido. 

Agenda. Após participar de reunião ministerial com nova equipe, o presidente Michel Temer embarcará para São Paulo, onde deve ficar até a sexta-feira, 13, quando vai para Lima, no Peru, participar da VIII Cúpula das Américas. Quando Temer estiver fora do país, até sábado, 14, a presidente do Supremo tribunal Federal, Cármen Lucia, vai presidir o país.

Na agenda oficial do presidente não constam compromissos na tarde desta quinta-feira e, segundo seus auxiliares, ele vai para a capital paulista para tratar de assuntos particulares.

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