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Confira os 'melhores momentos' do primeiro debate presidencial das eleições 2018, na Band

'50 tons de Temer', Cabo Daciolo e Alckmin no centro dos ataques; veja os personagens e pontos principais do primeiro encontro entre os candidatos à Presidência

Por Igor Moraes
Atualização:

O primeiro debate entre os candidatos a presidente da República nas eleições 2018 ocorreu nesta quinta-feira, 9.  O encontro, promovido pela Band, reuniu oito presidenciàveis: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriotas), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede).

A expectativa de que Bolsonaro seria um dos principais alvos não se confirmou. O tucano Alckmin, dono da maior coligação na corrida ao Planalto, foi quem mais sofreu ataques.

Confira abaixo os principais personagens e momentos do primeiro debate presidencial das eleições 2018:

Bolsonaro X Boulos

Guilherme Boulos provocou Bolsonaro, mas o candidato do PSL não prolongou a discussão Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

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O deputado Jair Bolsonaro, famoso por ser enérgico em suas discussões, preferiu evitar um confronto contra Guilherme Boulos no início do debate presidencial da Band. Classificado como racista, machista e homofóbico pelo candidato do PSOL, que ainda o acusou de manter uma funcionária fantasma em seu gabinete no Congresso, o capitão reformado do Exército abriu mão de seu tempo na tréplica e não prolongou a discussão. "Não vim aqui para bater boca com cidadão desqualificado", disse Bolsonaro.

Cabo Daciolo

O deputado federal Cabo Daciolo foi um dos principais destaques no primeiro debate presidencial. Logo em sua primeira fala, o parlamentar disparou contra os demais participantes, afirmando que eles representavam a "velha política".

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Cabo Daciolo foi dos nomes mais buscados pelos internautas entre os candidatos que participaram do debate presidencial da Band Foto: Reuters/ Paul Whitaker

Com um discurso eloquente, que misturou uma narrativa nacionalista, religiosa e de denúncias contra supostas conspirações comunistas, o candidato defendeu a auditoria da dívida pública, a redução dos impostos, a greve dos caminhoneiros, os militares e o combate à corrupção "pela honra e glória do senhor Jesus".

"Eu sou o Cabo Daciolo, servo do deus vivo. Sou cristão, bombeiro militar. E [quero] dizer ao meu companheiro Bolsonaro: você não é o único não, irmão. Eu estou aqui. Nação brasileira, nós estamos aqui e vamos transformar a nação brasileira para honra e glória do senhor Jesus", disse o candidato no terceiro bloco.

Eleito deputado pelo PSOL, Daciolo foi expulso do partido em 2015 depois de propôr projetos com viés religioso. O parlamentar ficou conhecido em 2011, quando participou da greve dos bombeiros do Rio de Janeiro e chegou a ser preso por conta da mobilização. Sua candidatura à Presidência pelo Patriota foi oficializada na pequena cidade de Barrinha (SP), localizada na região metropolitana de Ribeirão Preto.

Ao final do debate, de acordo com números do Google Trends, Daciolo foi o segundo candidato que mais gerou interesse de busca dos internautas entre todos os participantes do debate, atrás apenas de Jair Bolsonaro.

Centrão e Alckmin

Marina Silva atacou Alckmin durante o debate presidencial da Bandpor conta de aliança do tucano com o centrão Foto: NILTON FUKUDA / ESTADAO

A coligação que garantiu o maior tempo de TV durante o horário eleitoral para Geraldo Alckmin foi o ponto mais explorado por seus adversários durante o debate presidencial da Band.

As críticas partiram principalmente de Marina Silva. Em um diálogo sobre educação, a candidata da Rede afirmou que é preciso tomar cuidado quando o "condomínio já está cheio de lobo mau querendo comer o dinheiro da vovózinha".  Em outra oportunidade, ela afirmou que "quando se ganha [a eleição] com quem não tem compromisso com a ética, isso contamina o governo e todas as promessas caem no vazio".

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Via de regra, Alckmin justificou a importância de sua coligação pela garantia de governabilidade em caso de vitória nas urnas. Em uma das provocações de Marina, o ex-governador lembrou que a candidata já foi do PV, criou a Rede e, atualmente, promoveu uma coligação entre o novo e o velho partido para disputar as eleições 2018. Em outro momento, Alckmin subiu o tom contra Marina e recordou do passado da ex-senadora no PT. "Quero lembrar que eu nunca fui do PT e nem ministro do PT. Deixar bem claro que somos de uma outra linhagem", disparou o tucano.

50 tons de Temer

'Aqui tem 50 tons de Temer', disse Boulos em pergunta para Meirelles durante o debate presidencial da Band Foto: NILTON FUKUDA / ESTADAO

Guilherme Boulos provocou risos de praticamente toda a plateia que acompanhava pessoalmente o debate presidencial na Band quando, ao formular uma pergunta para o candidato Henrique Meirelles,  afirmou que o debate tinha "50 tons de Temer".

"Você não é apenas o candidato do Temer. Aqui nesse debate tem 50 tons de Temer. Aliás, quem diz que quer coisa nova, tem que pensar no que fez no verão passado", disse Boulos.

A frase provocou sorrisos inclusive de Meirelles.

​Lula de fora

Preso, oex-presidente Lula não participou do debate presidencial na Band Foto: NILTON FUKUDA / ESTADAO

A Justiça não autorizou a presença de Luiz Inácio Lula da Silva, oficializado candidato a presidente pelo PT mesmo condenado e preso pela Lava Jato, no debate presidencial da Band. E o ex-presidente ficou de fora até mesmo dos diálogos entre os candidatos.

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Com exceção de uma citação feita por Guilherme Boulos no início do encontro e das referências de Henrique Meirelles ao período em que esteve na chefia do Banco Central, Lula não foi um tópico discutido pelos presidenciáveis presentes no estúdio.

O próximo debate com os candidatos a presidente nas eleições 2018 será realizado pela RedeTV!, no dia 17 de agosto. Veja o calendário completo de sabatinas e debates com os presidenciáveis neste link.