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Aliados minimizam estagnação de Alckmin em pesquisas de intenção de voto

De acordo com levantamento, tucano está com 6% das intenções de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Por Marcelo Osakabe
Atualização:

Aliados do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) presentes no evento de lançamento da pré-candidatura do apresentador de TV José Luiz Datena ao Senado pelo DEM minimizaram o resultado da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 28, que mostrou que o presidenciável tucano continua sem força na preferência dos eleitores brasileiros.

Ex-prefeito da capital paulista e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, João Doria evitou comentar diretamente os números da pesquisa. Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

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De acordo com o levantamento, o primeiro feito pelo Ibope em parceria com o CNI sobre as eleições 2018, o tucano está com 6% das intenções de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, mesmo patamar visto no último Datafolha, divulgado no início do mês. Jair Bolsonaro (PSL) lidera com 17%, empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), que tem 13%. Ciro Gomes (PDT) fica com 8% das intenções de voto, e Álvaro Dias (Podemos) aparece com 3%. Fernando Collor (PTC) e Fernando Haddad (PT) têm 2%. Henrique Meirelles (MDB), Rodrigo Maia (DEM), Flávio Rocha (PRB), Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D'Ávila (PCdoB) estão empatados com 1%.

Ex-prefeito da capital paulista e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, João Doria evitou comentar diretamente os números da pesquisa, mas disse entender que ainda há tempo para fazer a pré-candidatura de Alckmin decolar. "A política sempre demonstra que cada dia é uma eternidade. Temos tempo ainda para a consolidação, sua recuperação, e como tal, um candidato fortalecido e vencedor", minimizou.

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Em meio a rumores de que aliados do PSDB começam a discutir a substituição do ex-governador por Doria na chapa que concorrerá ao Palácio do Planalto, o ex-prefeito reiterou que tal alternativa não está à mesa. "Não existe plano B ou C. Existe um plano A, de Alckmin", disse. "Uma boa coligação aqui em São Paulo vai ajudar muito Alckmin a caminhar ao segundo turno."

Também presente no evento de lançamento de Datena ao Senado, o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), disse que a pesquisa divulgada nesta quinta-feira não traz novidade. "Temos, pela primeira vez, um número muito grande de indecisos, brancos, nulos. Acho que ainda tem muita água para rolar", comentou.

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Para Kassab, cujo partido indicou apoio a Alckmin desde o ano passado, mesmo a pontuação de Bolsonaro precisa ser colocado em perspectiva. "Quem está bem? A diferença de Bolsonaro para o pelotão dos embolados é só de dez pontos. Dez pontos não são nada", avaliou.

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também minimizou o resultado da sondagem. "A gente vê que os números não trazem muita novidade, são uma demonstração de que todos têm muita dificuldade", disse.

O parlamentar ainda desconversou sobre o estado das negociações entre seu partido e Alckmin, que já declarou que uma aliança com o DEM é "tudo o que quer". "No momento certo a gente vai decidir".