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Zé Dirceu na prisão da Lava Jato

Ex ministro-chefe da Casa Civil de Lula, condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro de contrato da Petrobrás, foi transferido neste sábado, 18, da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Fausto Macedo , Ricardo Brandt e Luiz Vassallo
Atualização:

José Dirceu. FOTO: DIDA SAMPAIO / ESTADÃO Foto: Estadão

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado a 8 anos e dez meses de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro, foi transferido neste sábado, 18, da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, localizado nos arredores de Curitiba.

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Dirceu se apresentou à PF na noite de sexta-feira, cinco horas e meia depois do prazo determinado pelo juiz Luiz Antonio Bonat, da 13.ª Vara Criminal de Curitiba. O ex-ministro viajou de carro de Brasília para Curitiba e alegou que houve um "acidente no caminho".

Estão presos ou já passaram por Pinhais figuras-chave da Lava Jato, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque.

A prisão do ex-ministro foi decretada pelo TRF-4, sediado em Porto Alegre, na quinta, 16. Os desembargadores negaram embargos de Dirceu e mandaram prendê-lo, seguindo jurisprudência do Supremo que autoriza execução provisória de pena de condenados em segunda instância.

A Lava Jato sustenta que Zé Dirceu pegou propinas em contrato superfaturado da Petrobrás com a empresa Apolo Tubulars, fornecedora de tubos para a estatal, entre 2009 e 2012, quando o petista já não ocupava cargo no governo Lula.

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Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal, parte dos valores do contrato da Petrobrás, que chegaram a R$ 7.147.425,70, foi repassada a Duque, ex-diretor da Petrobrás, e parte a Dirceu.

Para disfarçar o caminho do dinheiro, o ex-ministro e seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, teriam usado a empresa Credencial para receber R$ 700 mil - o restante teria sido usado para bancar despesas com uso de aeronaves em mais de 100 vôos realizados pelo ex-ministro.

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