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Sara pede ao Supremo que afaste Alexandre do inquérito sobre atos antidemocráticos

Advogados da extremista, presa desde o último dia 15, entraram com requerimentos de anulação de provas e suspeição do ministro que conduz investigações sobre organização e financiamento de protestos contra o STF e o Congresso

Por Rayssa Motta/SÃO PAULO e Breno Pires/BRASÍLIA
Atualização:

A ativista bolsonarista Sara Winter. Foto: Instagram / Reprodução

Os advogados da extremista Sara Fernanda Giromini entraram com pedidos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre atos antidemocráticos que levou a militante bolsonarista à prisão, seja afastado do caso.

Foram apresentados um pedido de suspeição e outro de impedimento. Na prática, ambos têm o mesmo objetivo: anular todas as medidas determinadas por ele nas investigações, incluindo a prisão de Sara e as provas obtidas em computadores, celulares e documentos apreendidos em endereços ligados a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

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A defesa acusa Alexandre de abuso de autoridade e alega que o ministro está 'perseguindo' a extremista. Ela, que está presa desde o último dia 15, foi denunciada pelo Ministério Público Federal pelos crimes de injúria e ameaça, 'praticados de forma continuada', contra Alexandre de Moraes. Após ser alvo de buscas no inquérito das fake news, Sara xingou e fez uma série de ameaças ao ministro, chamando-o para 'trocar socos'. Além disso, prometeu perseguir e 'infernizar' a vida dele, responsável por determinar a ação da Polícia Federal.

Sara também foi denunciada com base da Lei de Segurança Nacional por supostamente liderar o grupo '300 do Brasil', chamado de 'milícia armada' pelo MP do Distrito Federal. O coletivo pró-governo esteve envolvido, nas últimas semanas, em atos contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.

Grupo '300 do Brasil' faz protesto em frente à Polícia Federal após prisão de Sara Giromini. Foto: Gabriela Biló / Estadão

Os documentos encaminhados nesta quarta-feira, 24, ao Supremo também questionam um segundo inquérito que mira Sara, o das fake news. A constitucionalidade das investigações já foi julgada pelo plenário da Corte, que votou em maioria pela continuidade do processo.

Além disso, os advogados alegam impedimento de acesso aos autos do inquérito sobre os atos antidemocráticos. Segundo os defensores, a cópia de decisão que determinou a prisão de Sara só foi recebida nesta terça, 23.

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