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PF prende professor por compra de votos para Delcídio

Foram apreendidos R$ 800, material de campanha e lista de eleitores que já teriam recebido valores pela adesivagem e compromisso de voto, segundo a investigação

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Por Julia Affonso
Atualização:

Delcídio Amaral. Foto: Cadu Gomes/EFE

A Polícia Federal prendeu um professor de 35 anos em flagrante por compra de votos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira, 3. Segundo a PF, foram apreendidos com o professor R$ 800, material de campanha e lista de eleitores que já haviam recebido valores pela adesivagem e compromisso de voto no ex-senador Delcídio Amaral (PTC), candidato ao Senado nas eleições 2018.

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Delcídio foi cassado em maio de 2016 por quebra de decoro. Na época, ele era acusado de obstruir a investigação da Operação Lava Jato. Tornou-se delator da investigação. Em julho deste ano, a Justiça Federal absolveu Delcídio, o ex-presidente Lula e outros cinco da acusação de obstrução de Justiça.

De acordo com a PF, o professor foi detido em frente à loja de Autopeças Multilatas, no bairro Vila Carvalho, após efetuar pagamento a eleitores para adesivar carros. Além dos adesivos, os eleitores recebiam orientação em quem votar e uma 'cola' eleitoral com os números dos candidatos favorecidos.

Segundo a PF, em depoimento, o professor reconheceu que prestava serviço para a campanha de Delcídio. O professor responderá pelo delito do artigo 299 do Código Eleitoral e pode pegar até 4 anos de prisão, além de multa.

A Polícia Federal informou que vai continuar as diligências dessa investigação e também o monitoramento de crimes envolvendo as eleições 2018.

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COM A PALAVRA, DELCÍDIO AMARAL

"Flagrante armado no desespero e no vale tudo de candidatos que vão perder para Delcídio. Essa campanha dele está sendo feita por amigos voluntários e quase nada de dinheiro, muito menos para uma idiotice dessas."

COM A PALAVRA, O PTC-MS

NOTA OFICIAL

O Partido Trabalhista Cristão (PTC) não contratou e não irá contratar cabos eleitorais para campanha de Delcídio Amaral a senador e não permite, autoriza ou apoia qualquer iniciativa de seus simpatizantes fora dos limites da lei. A ação de suposto cabo eleitoral acusado de práticas ilícitas tem, portanto, características de armação política, o que deverá também ser investigado pelas autoridades a pedido do partido.

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Campo Grande, 4 de outubro de 2018.

Cezar Renato Gazolla Presidente PTC-MS

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