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Juristas e 1,4 mil alunos das Arcadas da Sanfran invocam 'botão do pânico' e pedem a Maia que destrave impeachment de Bolsonaro

Manifesto do Direito-USP pede que presidente da Câmara dos Deputados dê início ao processo de cassação do mandato do presidente pela condução da pandemia do novo coronavírus

Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo
Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu mais um apelo para desengavetar os pedidos de impeachment contra presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Desta vez, a pressão vem dos alunos e ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Documento

LEIA O PEDIDO

O corpo discente da faculdade, ao abrigo das célebres Arcadas do Largo São Francisco - onde, em 1977, no auge da repressão militar, Goffredo da Silva Telles leu a Carta aos Brasileiros contra a ditadura -, organizou ao longo da última semana um abaixo-assinado online em defesa da cassação do mandato de Bolsonaro.

Sem máscara, Bolsonaro nada com banhistas e gera aglomeração em Praia Grande Foto: Reprodução/Twitter

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Com 1.450 assinaturas, o documento critica, sobretudo, a condução da pandemia da covid-19, mas lembra também ataques ao Judiciário e à imprensa.

"Se é dever democrático aguardar a próxima rodada eleitoral para cobrar a responsabilidade política de maus gestores, a Constituição nos confere um botão de pânico quando o risco de continuidade de um mau mandato coloca em xeque o funcionamento do próprio Estado e a vida dos nossos cidadãos. É o que, infelizmente, temos vivido em especial nesses últimos 12 meses", diz um trecho do texto encaminhado na quarta-feira, 20.

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A Faculdade de Direito da USP no Largo São Francisco. Foto: Nilton Fukuda / Estadão

Entre os nomes que endossam o pedido, estão renomados juristas que passaram pela instituição, incluindo Dora Cavalcanti, Igor Tamasauskas, Pierpaolo Bottini, Aloísio Lacerda Medeiros e os professores da casa Sebastião Tojal e Helena Lobo.

Na semana passada, Maia afirmou que o impeachment de Bolsonaro é um tema que será debatido 'de forma inevitável' pelo Congresso no futuro. Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, o presidente da Câmara voltou, entretanto, a repetir o discurso de que o mais urgente é discutir o combate à pandemia. Mais de 50 pedidos de impeachment se acumulam na Câmara desde o início do mandato de Bolsonaro, em janeiro de 2019.

 

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