Paulo Roberto Netto
28 de junho de 2019 | 09h30
O procurador da República, Deltan Dallagnol, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Foto: Helvio Romero / Estadão
Uma imagem atribui diálogo falso ao procurador da República Deltan Dallagnol e ao ex-juiz da Lava Jato e atual ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) sobre o caso do triplex no Guarujá, pivô da primeira condenação do ex-presidente Lula. A montagem é a mais recente desinformação que circula nas redes sociais envolvendo a série de reportagens divulgadas pelo The Intercept Brasil.
A imagem mostra Deltan dizendo a Moro: “Não temos provas quanto ao triplex”. O então juiz teria respondido: “não se preocupe, faz a denúncia que eu aceito e condeno”. A troca de mensagens, no entanto, não está entre aquelas reveladas pelo The Intercept Brasil.
A única reportagem divulgada sobre o caso triplex envolve trocas de mensagens atribuídas a Dallagnol em um grupo com outros procuradores da Força Tarefa da Lava Jato. Moro não participa da conversa e nem é citado.
A um grupo chamado Incendiários ROJ, formado por procuradores que atuavam no caso, a mensagem atribuída a Dallagnol diz o seguinte: “Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua”.
Procurado pelo Estadão Verifica, o The Intercept Brasil também classificou o diálogo que circula no boato como “falso”.
O Estadão Verifica já desmentiu boatos sobre admissão do Telegram sobre as conversas vazadas, alegações falsas sobre o jornalista Glenn Greenwald, editor fundador do The Intercept Brasil, e as inconsistências no relato do “Pavão Misterioso”, no Twitter.
Este boato foi selecionado para checagem por meio da parceria entre o Facebook e o Estadão Verifica. O Aos Fatos também checou esta desinformação. Ouviu algum boato? Envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 99263-7900.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.