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É falso que Russomanno tenha votado contra Ficha Limpa

Projeto foi aprovado na Câmara em 2010, e apenas um deputado foi contra a proposição

Por Tiago Aguiar
Atualização:

É falso que o deputado federal e candidato do partido Republicanos à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno tenha votado contra a aprovação da Lei da Ficha Limpa. Postagens com o boato circulam nas redes sociais. No Facebook, posts com a alegação falsa geraram 5,3 mil interações nos últimos três dias.

A legislação, que impede candidatos condenados por crimes de corrupção a concorrerem às eleições, foi aprovada na Câmara dos Deputados em maio de 2010. Russomanno, que era deputado federal pelo PP naquele ano, votou a favor. Dos 388 deputados que votaram, apenas um foi contra a proposta -- Marcelo Melo (MDB-GO) disse que apertou o botão por engano.

 Foto: Estadão

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No primeiro debate com os candidatos destas eleições à Prefeitura de São Paulo, Joice Hasselmann (PSL) também citou a informação falsa sobre o adversário. Após o debate, em 1º de outubro, o boato voltou a circular.

A Ficha Limpa foi sancionada em 2010, mas só passou a valer a partir das eleições de 2012 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O projeto recebeu apoio de mais de 1,3 milhão de assinaturas em todo o País. A lei impede a candidatura a cargos políticos eletivos de condenados por órgão colegiados.

Este conteúdo também foi checado pelo Aos Fatos.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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