Lideranças evangélicas do PT estão preocupadas com a escalada da violência política também dentro de instituições religiosas. Na última quarta (31), um fiel foi baleado dentro da igreja da Congregação Cristã do Brasil, em Goiânia, por discordar das falas do pastor que pregava o voto contra a esquerda.
Na avaliação da campanha de Lula, há ofensiva crescente de bolsonaristas sobre os evangélicos e, teme-se, cada vez mais agressiva. Petistas receberam vídeos de pastores confrontando fiéis que dizem não votar em Jair Bolsonaro (PL).
Aliados de Lula reconhecem que a estratégia tem surtido efeito e que Bolsonaro tende a crescer ainda mais entre os evangélicos, onde já detém maioria. Os petistas têm tido dificuldade para dialogar com o segmento, principalmente em razão de notícias falsas dizendo que Lula teria intenção de fechar igrejas.
"Temos que barrar essa violência política. Infelizmente, alguns líderes evangélicos, não são todos, estão levando o palanque para o púlpito da igreja", diz a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
CORES. Em uma das gravações, um pastor da Igreja Presbiteriana Renovada, na cidade de Santa Fé (PR), expulsa petistas de seu templo e diz que "Jesus é de direita". Na última semana, o pastor Silas Malafaia disse para os fiéis rasgarem santinhos do PT.
TRANSE. No episódio em Goiânia, Davi Augusto de Souza foi baleado na perna pelo policial militar Vitor da Silva Lopes, que tomou as dores do pastor. O irmão da vítima diz que os três discutiram devido às orientações da igreja para as eleições, e que os fiéis que dizem não votar em Bolsonaro são chamados de "endemoniados".
PRONTO, FALEI! Heráclito Fortes, conselheiro político da ACSP
"Se não tirar isso, qualquer presidente que assuma vai ser uma rainha da Inglaterra", disse, em conselho a Fernando Haddad (PT), sobre o orçamento secreto
CLICK. Jair Bolsonaro, presidente da República (PL)
Reuniu-se nesta quinta-feira, 1, para falar de economia e eleições com Tarcísio de Freitas, o publicitário Fabio Wajngarten e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.