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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

PEC da segunda instância do Congresso pode desgastar ainda mais o Supremo

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Por Redação
Atualização:

Ministros do STF que formaram na Corte a maioria para a revisão da prisão após condenação em segunda instância estão insatisfeitos com o encaminhamento da questão para o Congresso, após sugestão de Dias Toffoli. Para eles, como nem Rodrigo Maia nem Davi Alcolumbre têm condições de segurar a pressão sobre os parlamentares, ficará na conta do Supremo o desgaste da decisão que beneficiou o ex-presidente Lula. Se a PEC da segunda instância for aprovada, o veredicto do STF terá sido inócuo. Os vencedores se transformaram nos vencidos.

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Sinais. No meio jurídico, cresce a apreensão sobre a possibilidade de o STF, com o Congresso agindo, ficar à mercê da opinião pública e desperdiçar chance histórica de definir o papel dos órgãos de investigação e controle e limites de atuação deles sem autorização judicial, no caso do julgamento da Receita.

Difícil. Deputados e senadores têm sido bombardeados por grupos favoráveis à prisão após a condenação em segunda instância. Quem conhece bem o Congresso avalia que manobras podem até retardar o avanço da PEC, mas dificilmente conseguirão desmobilizar a sociedade.

Elas. A cientista política Karim Miskulin, do Grupo Voto, saiu de encontros com lideranças políticas em Brasília otimista com o avanço da PEC da prisão após condenação em segunda instância: "O Congresso está sintonizado com os anseios da sociedade".

CLICK. Karim Miskulin e Sandra Comodaro (à dir.), do Grupo Voto, com Moro. Elas entregaram a líderes políticos um manifesto pela PEC da segunda instância.

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Coluna do Estadão  

Mais. A plenária da Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro) fez moção de apoio à prisão em segunda instância. Sérgio Moro sentou-se ao lado do senador Rodrigo Pacheco, incumbido de costurar as propostas nas Casas.

Emendas. O governo reuniu recursos para liberar a última parcela de emendas prometidas pela aprovação da Previdência. O montante ficou ainda abaixo do esperado na Câmara. Os deputados queriam R$ 2,1 bilhões e receberão R$ 1,9 bilhão.

Paz e amor. Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP), visitou o tucano Bruno Covas na Prefeitura paulistana: "Temos que cada vez mais mostrar ao povo que é possível ter posições políticas diferentes, pensamentos diferentes e, nem por isso, ser inimigos".

SINAIS PARTICULARES: EDINHO SILVA (PT)

ILUSTRAÇÃO: KLEBER SALES/ESTADÃO  

Deu ruim. Entusiastas do novo partido de Jair Bolsonaro não gostaram de saber que o lançamento do Aliança pelo Brasil ocorreu em um hotel em Brasília arranjado por Paulo Octávio.

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Aí não. Maior empresário do ramo de construção do Centro-Oeste, ele foi preso em 2014 acusado de envolvimento em corrupção de agentes públicos, o que ele nega. Um deputado bolsonarista acha que o partido começou com mau agouro.

Corre! Depois de Bolsonaro anunciar que mandará mais três projetos de segurança pública, além do excludente de ilicitude de ontem, a Secretaria de Assuntos Jurídicos acelerou os passos. A ideia é entregar tudo na próxima semana.

Cadê? Convocado pelo MP paulista, Alexandre Junqueira, ex-funcionário de Gil Diniz, não compareceu para ser ouvido em audiência ontem. Quem esteve presente foi apenas a mulher dele, Solange. Junqueira acusa o deputado estadual de "rachadinha".

BOMBOU NAS REDES!

Deputada Tabata Amaral. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

Tábata Amaral (PDT-SP), deputada federal: "É uma vergonha que após três décadas de democracia brasileira ainda há quem cogite homenagear um ditador que matou mais de 40 mil no Chile."

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COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA. COLABOROU PAULA REVERBEL.

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