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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Maia negocia acelerar pacote de Sérgio Moro

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Por Redação
Atualização:

Sérgio Moro e Rodrigo Maia. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

Os elogios recentes de Jair Bolsonaro parecem ter dado ânimo extra a Rodrigo Maia. Está no radar do presidente da Câmara a antecipação da análise do pacote anticrime de Sérgio Moro e Alexandre de Moraes. A possibilidade foi discutida na quarta-feira, quando estiveram na residência oficial, a convite de Maia, o ministro da Justiça e os membros do grupo de trabalho que analisa o texto dele na Casa, Lafayette de Andrada (PRB-MG) e Margarete Coelho (PP-PI). Discutiram a possibilidade de apresentar o relatório no fim de maio, um mês antes do previsto.

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Vapt-vupt. Para agilizar ainda mais, negociam levar o texto anticrime diretamente ao plenário, sem passar sequer pela CCJ da Casa.

Calma. Margarete está cautelosa. "É uma matéria que tem forte respaldo popular, mas resistência em setores da sociedade civil. Por isso, a importância das audiências", disse à Coluna.

Ponto polêmico. No encontro na casa de Maia, Moro foi avisado de que o excludente de ilicitude encontra muita resistência. O ministro teria se mostrado aberto a eventuais mudanças nesse quesito do texto.

Trégua lusitana. Apesar da guerra pública, Gilmar Mendes e Sérgio Moro jantaram juntos em Lisboa nesta semana. A interlocutores, ambos afirmaram ter sido uma "boa conversa".

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Xadrez. Geraldo Alckmin demonstra preocupação com a indicação do tucano Samuel Moreira para a relatoria da reforma da Previdência e com o peso dos governadores do PSDB na Comissão Especial, como antecipou a Coluna.

Xadrez 2. Presidente nacional do PSDB, Alckmin teme que sobrem para os tucanos os ossos da reforma, enquanto Bolsonaro e o DEM de Maia ficam com o filé mignon.

Contrariados. Eduardo Cury, também do PSDB, era o nome da equipe econômica para a relatoria da reforma da Previdência.

Segurou a onda. Novo presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PR-AM) teve papel fundamental na articulação dos últimos dias antes da votação na CCJ. Ajudou a acalmar um motim do Centrão.

SINAIS PARTICULARESMarcelo Ramos, presidente da Comissão Especial da Previdência

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ILUSTRAÇÃO: KLEBER SALES/ESTADÃO  

Jabuti... Depois da repercussão negativa da tentativa do Congresso de aprovar a prorrogação do prazo para erradicação dos lixões, conforme mostrou a Coluna, os parlamentares seguraram o projeto, mas buscaram manobra para dar salvo-conduto a prefeitos.

...na árvore. Incluíram na MP do Saneamento artigo que deixa a critério dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Municipais (ou seja, dos prefeitos) a definição de prazo para eliminar os lixões. Se aprovado dessa forma, a MP perpetuará os vazadouros ilegais.

CLICK. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) aproveitou o dia ontem em Brasília e mostrou o Congresso aos netos Lara e Gabriel, acompanhado da filha Carla.

 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

'Préstenção!'. Bolsonaro ficou orgulhoso da bronca que a mulher, Michelle, deu em Davi Alcolumbre e no ministro Henrique Mandetta (Saúde). Ela chamou a atenção deles, que estavam distraídos enquanto ela discursava no plenário.

Ufa!. Damares Alves terá o desafio de julgar 3 mil processos pendentes na Comissão da Anistia da última gestão. Pelo menos cem, já com parecer negativo, devem ser julgados logo. A ministra negou 256 requerimentos em março.

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PRONTO, FALEI!

Deputado Vinicius Poit. Foto: MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Vinicius Poit, deputado federal (Novo-SP): "Acho um comentário ruim neste momento, porque enfraquece um pouco a negociação", sobre Bolsonaro ter dito que Guedes aceita reforma de pelo menos R$ 800 bilhões.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA. COLABORARAM ELIANE CANTANHÊDE E ANDREZA MATAIS

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