Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Procuradoria vê 'indícios' de ligação de Lúcio com 'recolhimento e guarda' dos R$ 51 mi

A pedido de Raquel Dodge, procuradora-geral da República, a Polícia Federal fez buscas nesta segunda-feira, 16, no gabinete e na residência do deputado

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Affonso
Por Julia Affonso e Igor Gadelha
Atualização:

Lucio Vieira Lima. Foto: Ed Ferreira/AE

A Procuradoria-Geral da República aponta 'indícios' do envolvimento do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA) 'no recolhimento e guarda' da fortuna de R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrada em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador, no dia 5 de setembro.

PUBLICIDADE

+ "Ninguém aguenta mais tanto roubo", dizia Geddel em 2015

A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou buscas no gabinete de Lúcio na Câmara e na residência dele, em Salvador, localizada em um prédio vizinho ao do irmão Geddel Vieira Lima, preso na Papuda, em Brasília, na Operação Tesouro Perdido.

Delatores Joesley e Funaro afundam Geddel

Publicidade

PF aponta relação de bunker de R$ 51 milhões com deputado irmão de Geddel

Bunker dos R$ 51 milhões Foto: PF

Foto: PF 

 Foto: PF

Nesta segunda-feira, 16, a PF fez buscas em quatro endereços ligados a Lúcio e ao secretário parlamentar dele, Job Ribeiro Brandão. A PF apreendeu documentos e mídias.

A Operação Tesouro Perdido, inicialmente, estava sob responsabilidade da 10.ª Vara Criminal Federal em Brasília. Mas acabou sendo deslocada para competência do Supremo por causa do suposto envolvimento do deputado, que detém foro privilegiado na Corte máxima - segundo o empresário Silvio Antonio Cabral da Silveira, foi Lúcio quem pediu emprestado o apartamento no bairro da Graça, em Salvador, para estocar a fortuna.

Segundo a Procuradoria-Geral, 'o envio do caso ao STF deu-se em consequência de os investigadores terem encontrado indícios de envolvimento do parlamentar, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no recolhimento e guarda do dinheiro'.

Ao todo, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. "As medidas cautelares são um desdobramento das investigações que apuram a origem e a responsabilidade por R$ 51 milhões apreendidos, em Salvador, no dia cinco de setembro. Dos quatro endereços vistoriados pelos policiais federais, três são ligados a Lúcio Vieira e um, a seu secretário parlamentar, Job Ribeiro Brandão."

Publicidade

As cautelares foram solicitadas por Raquel Dodge, 'após as investigações iniciadas na primeira instância, no âmbito da Operação Cui Bono, terem sido enviadas ao Supremo Tribunal Federal, na parte referente às investigações do crime de lavagem de dinheiro'.

"O envio do caso ao STF deu-se em consequência de os investigadores terem encontrado indícios de envolvimento do parlamentar, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no recolhimento e guarda do dinheiro", assinala a Procuradoria.

Além das cautelares, a procuradora-geral pediu que as investigações relativas à Operação Cui Bono, que apura irregularidades na Caixa Econômica Federal, continuem sob competência da primeira instância.

A ordem para as medidas cautelares foram dadas pelo ministro Edson Fachin como desdobramento da Operação Tesouro Perdido.

COM A PALAVRA, LUCIO VIEIRA LIMA

Publicidade

A reportagem está tentando contato com a defesa do deputado Lucio Vieira Lima. O espaço está aberto para manifestação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.