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Deputado do PSOL que chamou Moro de 'ladrão' é falsamente identificado em vídeo de propina

Na verdade, gravação mostra empresário de Brasília que recebeu propina no caso do mensalão do DEM

Por Alessandra Monnerat
Atualização:

Vídeo não mostra deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), e sim empresário de Brasília. Foto: Reprodução/Facebook

Não é o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) o homem que aparece guardando dinheiro dentro das calças em um vídeo compartilhado no Facebook. Na verdade, a gravação é de 2009 e mostra o empresário Alcyr Duarte Collaço Filho. Ele foi filmado recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa. 

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Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na semana passada, Glauber Braga chamou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de "juiz ladrão". Desde então, o psolista tem sido alvo de diversos boatos nas redes sociais. Entre eles, está o vídeo com legenda falsa que confunde Braga com o homem que esconde maços de R$ 100 na cueca.

A gravação, na verdade, é relacionada ao caso do mensalão do DEM no Distrito Federal. Como reportou o Estado à época, Alcyr Collaço era dono de um pequeno jornal em Brasília e foi apontado no inquérito da Polícia Federal como emissário do PPS. As imagens foram feitas por Durval Barbosa, que era investigado pela Operação Caixa de Pandora e, na condição de delator premiado, divulgou 31 vídeos que mostram políticos e autoridades recebendo propina

Em depoimento, Durval Barbosa disse aos investigadores que Alcyr Collaço dividia uma propina mensal de R$ 60 mil com o então secretário da Saúde, Augusto Carvalho, e o então subsecretário da Saúde, Fernando Antunes. O dinheiro seria pago pela empresa Call Tecnologia, que prestava serviços à pasta.

Procurado, o deputado Glauber Braga reforçou que não é o homem que aparece no vídeo. "Sou barrigudo mas não tanto quanto esse rapaz", brincou.

Este conteúdo foi selecionado para checagem por meio da parceria entre Estadão Verifica e Facebook. Os sites Aos Fatos, Fato ou Fake e Agência Lupa também desmentiram esse boato. Para sugerir verificações, envie uma mensagem por WhatsApp ao número (11) 99263-7900.

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