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Vice-governador de Minas entra na Justiça contra dissolução do diretório do MDB no Estado

Estatuto do partido não foi respeitado, argumenta Antônio Andrade, que foi destituído da presidência da sigla por causa da manobra

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Por Jonathas Cotrim
Atualização:

BELO HORIZONTE - O vice-governador de Minas Gerais e ex-presidente do diretório estadual do MDB, Antônio Andrade, entrou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), pedido a anulação da decisão que o destituiu da presidência do diretório estadual, após uma manobra da bancada dos parlamentares da legenda. A destituição teve a anuência do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá.

Antônio Andrade, que também é considerado pré-candidato ao governo de Minas, é apoiado por prefeitos e pelas bases do MDB. Foto: André Dusek|Estadão

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De acordo com o advogado de Andrade, Joel Moreira, o estatuto da legenda não foi respeitado integralmente. “Em processos administrativos, deve abrir a possibilidade da outra parte falar. Houve desrespeito a ampla defesa, como está previsto na lei e no estatuto do MDB”, afirmou o advogado.

Por ser um pedido com tutela de urgência, o TRE deve analisar nas próximas horas o pedido do vice-governador. A ação é movida contra os diretórios nacional e estadual do MDB. 

Na última semana, deputados federais e estaduais promoveram uma auto-dissolução do diretório estadual. Com a manobra, o presidente nacional do MDB, Romero Jucá, ordenou a destituição de Antônio Andrade da presidência e estabeleceu uma comissão provisória, presidida pelo deputado federal, Saraiva Felipe

Na ação protocolada por Andrade, foi citada a coligação formada entre PT e MDB, que ficou estremecida no começo deste ano, após o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, dar continuidade no processo de impeachment contra Fernando Pimentel (PT). 

Antônio Andrade, que também é considerado pré-candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições 2018, é apoiado por prefeitos e pelas bases do MDB, que afirmam que os deputados do partido pretendem formar uma nova coligação com o PT — hipótese que foi rejeitada pelos apoiadores do vice-governador. Os deputados afirmam que a manobra teve como objetivo fortalecer a pré-candidatura de Adalclever Lopes. 

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