Em sua primeira semana de depoimentos após o recesso parlamentar, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid perdeu relevância e protagonismo para a crise política entre o presidente Jair Bolsonaro, o Supremo Tibunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A avaliação é da colunista Eliane Cantanhêde, no novo episódio da série Por Dentro da CPI.
Eliane destaca as curiosidades das oitivas do reverendo Amilton Gomes de Paula e do tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco. “Na opinião dos membros da CPI, eles mentiram muito”, diz a colunista. Para Eliane, nenhum dos dois conseguiu esclarecer de forma satisfatória pontos importantes levantados na CPI, como o fato de o Ministério da Saúde tratar sobre compra de vacinas com empresas que não estavam autorizadas para a venda.
A CPI também ouviu o empresário e ex-deputado Airton Soligo, que atuou informalmente como assessor do general Eduardo Pazuello na pasta antes de ser nomeado. Eliane diz que a atuação dele reforça a impressão de que havia muitos problemas na administração do Ministério da Saúde.
“O que sobra desta primeira semana de CPI na volta do recesso é que o Ministério da Saúde, comandado por um general da ativa que é especialista em logística, estava uma bagunça”, afirma.