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Ciro Gomes ao atacar reforma trabalhista: ‘Vocês estão em SP, eu estou no Brasil’

Em evento com empresários do varejo, presidenciável nas eleições 2018 reforçou a ideia de revogar a reforma dizendo que a medida prejudicou trabalhadores mais pobres

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Por Daniel Weterman
Atualização:

SÃO PAULO - O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, discordou de empresários do setor varejista ao defender, nesta sexta-feira, 25, a revogação da reforma trabalhista

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Em almoço promovido pelo Instituto Desenvolvimento para o Varejo (IDV), na capital paulista, empresários tentaram convencer Ciro de que a reforma feita pelo presidente Michel Temer foi positiva e não causou desemprego, enquanto o presidenciável reforçou a ideia de revogar a proposta argumentando que a medida atingiu os trabalhadores mais pobres.

Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência Foto: Sergio Moraes/Reuters

Para Ciro Gomes, a maioria dos trabalhadores no País não contam com uma estrutura sindical forte para negociar com os empresários e estão a mercê da perda de direitos trabalhistas. "Vocês estão em São Paulo, eu estou no Brasil", disse o presidenciável, enquanto discutia com os varejistas.

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Empresários defendem reforma trabalhista

O pré-candidato do PDT nas eleições 2018 foi o quarto convidado de uma série de conversas que a instituição promove com presidenciáveis. Marina Silva (Rede), João Amoedo (Novo) e Geraldo Alckmin (PSDB) já participaram de encontros com a entidade. "Temos que modernizar a economia e gerar emprego. Agora, não é perseguindo pobre que a gente vai fazer isso", declarou Ciro, ao se posicionar sobre a reforma.

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Empresários, porém, disseram que as mudanças na legislação trabalhista foram benéficas para o setor. "No varejo, os impactos não são negativos, não houve nenhum tipo de redução de empregos por conta disso", afirmou a jornalistas o presidente do IDV, Antonio Carlos Pipponzi, ao comentar o debate com Ciro.

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Pipponzi disse que o setor entende que há mudanças necessárias na reforma feita por Temer, mas que o escopo precisa ser mantido. Ele informou que convidou o presidenciável para um novo debate sobre a legislação trabalhista.

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Uma convergência de Ciro e dos varejistas, acrescentou o presidente da instituição, foi concordar com uma reforma tributária que desonere o consumo e tribute mais a renda. 

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