SÃO PAULO - pré-candidato ao Planalto pelo PDT e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes criticou a política de preços adotada pelo presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Durante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 28, Ciro disse que a política equivocada de Parente favorece importadores, que empurram "esse preço absurdo e criminoso" para os consumidores e chegou a pedir a demissão do presidente da Petrobrás.
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+ Pré-candidatos à Presidência se dividem sobre a greve Ciro argumentou que Parente, "para servir aos interesses estrangeiros", deixou um terço da capacidade de produção de combustível do Brasil ociosa, o que abriu espaço para a atuação de importadores, que aplicam preços baseados no mercado internacional.
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"Não temos que cair no preço comercial", disse Ciro Gomes na entrevista. "Nós temos uma companhia estatal que tem padrões de eficiência e de custos e que pode transferir essa eficiência para o interesse brasileiro", afirmou o presidenciável. "Só há uma saída. Demitir o seu Pedro Parente. Peço aqui publicamente a demissão (dele)", declarou.
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Política petista não é resposta
Ciro Gomes, entretanto, voltou a negar que tem o projeto de adotar uma política de controle de preço nos moldes adotados por governos petistas, o que, segundo ele, é "um erro do passado que não serve ao Brasil".
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Nos cenários sem Lula, Ciro tem entre 11,1% e 12% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa CNT/MDA de maio, mais recente levantamento sobre a corrida presidencial com abrangência nacional.
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