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Três suspeitos são investigados após ataque contra Bolsonaro, diz Jungmann

Em Brasília, ministro da Segurança Pública afirmou que hipótese de crime político não está descartada

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Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta, 7, que três pessoas estão sendo investigadas por suposta participação no ataque com faca contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Adelio, que foi preso após assumir a autoria do crime, será enquadrado na Lei de Segurança Nacional. 

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Até então, a informação disponível era de que duas pessoas eram investigadas: o autor da facada e outro indivíduo por "incitar a violência", segundo a polícia. Adelio Bispo de Oliveira, o agressor, está preso em Juiz de Fora. Já a outra pessoa foi liberada na manhã desta sexta, mas continua investigada. Segundo Jungmann, Bolsonaro tem um efetivo de 21 policiais federais à disposição e, na ocasião, 13 agentes estavam com o candidato.  

Adelio foi indiciado na Lei de Segurança Nacional, que, no artigo 20, define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, inclui os crimes pela "prática de atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas".

A pena para esse tipo de crime é de reclusão de 3 a 10 anos, podendo ser aumentada em até o dobro, se o fato resultar em lesão corporal grave; e até o triplo se resultar em morte.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann Foto: Tania Rego/Agência Brasil

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, disse que não está descartada nenhuma possibilidade nas investigações do ataque. Etchegoyen afirmou que os cuidados com a segurança do presidente Michel Temer serão redobrados após o ataque. "A prudência é melhor remédio", disse. 

O general disse ainda que o que aconteceu com Bolsonaro foi uma monstruosidade e que a radicalização vai destruir nossa democracia. Ele ressaltou que é importante que o jogo democrático se faça na normalidade e que a violência não ajudará.

"Não é possível que uma campanha tão importante seja reduzida a facadas, tiros e ofensas. Que cada um coloque a mão na consciência e todos trabalhem para pacificação", completou. 

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