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Raquel afirma que plantonista pressionou a PF para soltar Lula

Procuradora-geral pediu ao STJ que abra investigação contra o desembargador e moveu reclamação no CNJ pedindo sua aposentadoria compulsória

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Foto do author Fausto Macedo
Por Luiz Vassallo , Amanda Pupo (Broadcast) e Fausto Macedo
Atualização:

Raquel Dodge. Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

Ao pedir abertura de inquérito pelo crime de prevaricação contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a procuradora-geral Raquel Dodge afirma que o magistrado pressionou a Polícia Federal para soltar Lula, seguindo sua decisão emitida domingo, 8.

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Plantonista do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, neste domingo, 8, Favreto expediu duas decisões que mandavam soltar Lula, posteriormente derrubadas pelo presidente da Corte, Thompson Flores, e pelo relator da Lava Jato, João Pedro Gebran Neto. O STJ também rejeitou habeas a Lula.

A procuradora-geral pediu ao STJ que abra investigação contra o desembargador e moveu reclamação no CNJ pedindo sua aposentadoria compulsória. Para Raquel, ele agiu de maneira partidária e 'desonrou a higidez e a honorabilidade de seu cargo'.

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Ela relata, no pedido e na representação, que se dirigiu 'à autoridade policial, fixando prazo em horas para que cumprisse sua decisão, chegando a cobrar pessoalmente ao telefone o seu cumprimento'.

Raquel atribui o comportamento dele ao seu histórico dentro do PT e ao desejo de favorecer Lula.

"As notórias e estreitas ligações afetivas, profissionais e políticas do representado com o réu, cuja soltura ele determinou sem ter jurisdição no caso, explicam a finalidade de sua conduta para satisfazer interesses pessoais e os inexplicáveis atos judiciais que emitiu e os contatos que fez com a autoridade policial para cobrar urgência no cumprimento de suas decisões", argumenta.

COM A PALAVRA, FAVRETO

O desembargador afirmou que não vai se manifestar e que ainda não teve ciência do conteúdo das representações da PGR.

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