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Presa por ataques à democracia, Sara diz à PF que apoia Bolsonaro e que ato comparado à Klu Klux Klan teve inspiração em 'passagem bíblica'

No depoimento divulgado pela CNN Brasil e obtido pelo Estadão, a bolsonarista de extrema-direita também negou ter participado do foguetório contra o prédio do Supremo Tribunal Federal

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Por Rayssa Motta
Atualização:

 

Após ser presa pela Polícia Federal na tarde desta segunda-feira, 15, a militante bolsonarista de extrema-direita Sara Fernanda Giromini se recusou a responder o motivo que a levou a gravar o vídeo com ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A líder movimento '300 pelo Brasil', que chamou o ministro para 'trocar socos', é alvo de inquérito que investiga a organização de atos antidemocráticos conduzido pelo próprio Alexandre.

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No depoimento que durou pouco mais de uma hora, divulgado pela CNN Brasil e obtido pelo Estadão, Sara negou ter participado do foguetório contra o prédio do Supremo, no último sábado, e deu outra versão para um segundo protesto liderado por ela, que foi comparado por autoridades aos atos da Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos. Na ação, o '300 pelo Brasil' marchou pela Esplanada dos Ministérios em direção ao STF empunhando tochas e usando máscaras. Segundo Sara, o ato foi baseado em uma passagem bíblica.

Protesto com tochas em frente ao STF foi liderado por Sara. Foto: Reprodução / Twitter

A ex-assessora de confiança da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, liderado por Damares Alves, também se recusou a responder o objetivo dos '300 pelo Brasil', mas disse que o grupo é voltado a 'desobediência civil e ações não violentas'. Ela também negou que os integrantes defendam uma intervenção militar no País.

Aos investigadores, Sara confirmou ser apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, mas disse que não recebe apoio financeiro ou de qualquer espécie do governo federal. Ela afirmou ainda que não há participação de assessores parlamentares ou cabos eleitorais no grupo. Apesar de ter negado envolvimento de integrantes ligados a partidos políticos no movimento '300 pelo Brasil, em um dos vídeos que registrou o foguetório contra o Supremo, no sábado, um homem se apresenta como assessor do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).

 Foto: Estadão

Sara também pediu para continuar presa na superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal alegando que pode ser morta no caso de transferência a uma penitenciária feminina por ser uma defensora da Polícia e 'inimiga do crime organizado'.

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