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PGR recebe vídeo em que Sara Winter desafia Alexandre para 'trocar socos'

Segundo o Estadão apurou, material deve ser encaminhado para a primeira instância; ativista bolsonarista foi alvo de buscas e apreensões determinadas pelo ministro no inquérito que apura 'fake news' contra o Supremo

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Por Rafael Moraes Moura e Paulo Roberto Netto
Atualização:

A Procuradoria-geral da República está de posse do vídeo gravado pela ativista bolsonarista Sara Winter contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo o Estadão apurou, o material deverá ser repassado para a primeira instância.

Winter foi um dos alvos de busca e apreensões deferidas por Moraes nesta quarta, 27, no inquérito que apura divulgação e disseminação de ameaças, ofensas e 'fake news'contra o Supremo. No vídeo, ela promete 'perseguir e infernizar' a vida do ministro.

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"Se eu pudesse, eu já estava na porta da casa dele convidando ele para trocar soco comigo. Juro por Deus, essa é minha vontade, eu queria trocar soco com esse f... da p..., com esse arrombado. Infelizmente eu não posso, ele mora lá em São Paulo, né? Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes, o senhor nunca mais vai ter paz", ameaçou a ativista, que está em Brasília.

Na mesma gravação, ela cita Moraes e diz que "a gente vai infernizar a tua vida", sem deixar claro quem faria parte do grupo de pessoas. "A gente vai descobrir os lugares que o senhor frequenta, quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida. Até o senhor pedir para sair. Hoje o senhor tomou a pior decisão da vida do senhor", declarou.

A ativista é uma das investigadas no inquérito que mira o que Moraes classificou como associação criminosa dedicada a ataques ofensivos, subversão da ordem e quebra da normalidade democrática.

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A ativista bolsonarista Sara Winter. Foto: Reprodução

A ordem do ministro também atingiu empresários que supostamente estariam financiando o grupo criminoso, como o dono da rede de lojas de departamento Havan, Luciano Hang; o dono da Smart Fit, Edgard Gomes Corona; Otavio Fakhoury, financiador do site Crítica Nacional; o humorista Reynaldo Bianchi Júnior; o coordenador do Bloco Movimento Brasil Winston Rodrigues Lima. Todos foram alvo de quebra de sigilo que abrange até o período das eleições presidenciais de 2018.

Relatório técnico da Polícia Federal também identificou o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) como 'influenciadores' de divulgação de publicações com ofensas e ameaças ao Supremo Tribunal Federal. De acordo com as investigações, o grupo de 'influenciadores' atua na disseminação e propagação de publicações com ofensas e ameaças aos ministros do Supremo com auxílio de robôs.

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