O juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara do Rio, fez um comentário em seu perfil no Twitter nesta quinta, 6, sobre o caso em que Neymar é acusado de estupro pela modelo Najila Trindade Mendes de Souza. O magistrado compartilhou um tuíte do deputado federal Carlos Jordy (PSL/RJ), que apresenta vídeo de Najila e do atacante, e descreveu a situação como 'preocupante'. Ele afirmou que 'suspeitas de fraude e abusos de direito pela parte "mais vulnerável" devem ser apuradas com rigor'.
Bretas indica que as supostas fraudes podem deslegitimar situações de efetiva vulnerabilidade. 'Nem sempre a vítima é a parte mais fraca da relação', diz o magistrado.
O post de Jordy na rede social diz que com a acusação de estupro, Najila fez com que Neymar tivesse 'sua vida destroçada, perdendo contratações e patrocínios'.
O parlamentar afirma ainda que a mulher ganhou 'seus minutinhos de fama' e que o vídeo que circula nas redes sociais não 'mostra nada além de uma agressão dela contra ele'.
Jordy chegou a comentar o post de Bretas, indicando que protocolou um Projeto de Lei que 'agrava a pena de denunciação caluniosa nos casos de crimes contra a dignidade sexual.
Segundo o deputado, se o PL 3369/19 for aprovado, 'pessoas que fizerem acusações mentirosas como essas poderão ter a pena aumentada em até 1/3'.
Outros usuários da rede social comentaram a publicação com imagens de outra anotação, feita no Twitter em 2 de abril, no qual o juiz federal transcreve o Artigo 36 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
O trecho destacado afirma que 'é vedado ao magistrado manifestar opinião sobre processo pendente de julgamento'.