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Juíza manda expedir alvarás de soltura de Temer e do coronel Lima

Caroline Figueiredo, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, despachou nesta quarta, 15, documento que tira ex-presidente e seu velho amigo da prisão da Lava Jato

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Foto do author Fausto Macedo
Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:
 Foto: Estadão

A juíza Caroline Figueiredo, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, determinou, nesta quarta, 15, a expedição dos alvarás de soltura do ex-presidente Michel Temer (MDB) e seu amigo, o coronel Lima. Os documentos serão encaminhados aos Comandantes de Policiamento de Choque da Polícia Militar e do Batalhão Romão Gomes, onde Temer e Lima estão presos, respectivamente, 'para cumprimento imediato da ordem de soltura'.

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Documento

A decisão

A magistrada concedeu o prazo de 24 horas para que Temer e Lima entreguem seus passaportes ao Juízo.

Conforme determinação do STJ, Temer e o coronel Lima estão proibidos de manter contato com outros investigados, de mudar de endereço ou ausentar-se do País - também terão os bens bloqueados e serão obrigados a entregar o passaporte. Os dois também não podem ocupar cargo publico ou de direção partidária.

Por unanimidade, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira, 14, mandar soltar o ex-presidente e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo do emedebista.

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Os ministros entenderam que os fatos apurados na investigação sobre Temer (sobre desvios na construção da usina Angra 3) são "razoavelmente antigos", relacionados à época em que ocupava a vice-presidência da República. Também avaliaram que os crimes não teriam sido cometidos com violência e que a liberdade do ex-presidente não ameaça a ordem pública nem a continuidade das investigações.

O ex-presidente está preso desde a tarde de segunda, 13, no Comando de Policiamento de Choque, no bairro da Luz, em São Paulo. Temer foi transferido para o local para ocupar uma sala de Estado Maior, com mesa de reuniões, frigobar e banheiro privativo.

Michel Temer chega ao batalhão da PM. Foto: REUTERS/Nacho Doce

Coronel Lima foi levado para o Presídio Militar Romão Gomes, na zona Norte da capital paulista.

Temer e coronel Lima se entregaram à Polícia Federal na quinta, 9, um dia depois que os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), por dois votos a um, decretaram suas prisões preventivas no âmbito da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato que atribui ao ex-presidente o papel de líder de organização criminosa que teria desviado pelo menos R$ 1,8 bilhão em 30 anos de atuação.

No julgamento, foram analisados a liminar concedida por Athié em março e o pedido, feito pelo Ministério Público Federal, para que a prisão fosse restabelecida. Athié, o relator, votou pela manutenção da liberdade dos dois, mas o desembargador Abel Gomes, que é o presidente da turma, votou pela prisão. Paulo Espírito Santo acompanhou o voto de Gomes.

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Veja o mandado de Temer:

 
 
 
 
 

 

Veja o mandado do Coronel Lima:

 
 
 
 
 

 

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