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'Houve diminuição dos vazamentos', diz Raquel em balanço de sua gestão

Mandato da procuradora-geral da República terminou nesta terça, 17

Por Breno Pires e BRASÍLIA
Atualização:

Raquel Dodge. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO Foto: Estadão

Em seu último dia como procuradora-geral da República, Raquel Dodge disse que seu gabinete promoveu uma "diminuição da exploração" de vazamentos, em uma crítica indireta à gestão de seu antecessor, Rodrigo Janot. Com esse argumento, Dodge rebateu críticas sobre a paralisia das investigações, de dezembro de 2017 até agora.

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O Estado revelou nesta terça-feira, 17, que Raquel "segurou" casos da Lava Jato por um ano ou até mais. Em agosto, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, questionou a então chefe do Ministério Público sobre o andamento das apurações e listou 14 casos que estavam, à época, aguardando posicionamento da Procuradoria-Geral da República.

"Tenho certeza de que não houve diminuição de ritmo e não houve falta de empenho, não só como gestora, como na atuação institucional. Houve diminuição de vazamentos e da exploração pública", reagiu Raquel. "Apresentei prova contra presidente que me nomeou (Michel Temer). Senadores, deputados e membros de tribunais de contas foram denunciados por mim. Onde havia prova apresentei denúncia."

Para sustentar suas afirmações, Raquel disse que o número de denúncias enviadas nos seus dois anos de mandato (64) ultrapassou o de outras gestões. "Supera, em muito, a coleção de denúncia que a maioria dos procuradores-gerais da República apresentou em quatro anos", afirmou ela.

Segundo Raquel, 224 pessoas foram alvo das 64 denúncias propostas nos tribunais superiores. Também foram instaurados 95 inquéritos e solicitadas 122 ações cautelares. A Procuradoria-Geral da República pediu, ainda, homologação de 19 acordos de colaboração premiada.

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