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Deputados e senadores reagem à ameaça de Janot contra Gilmar - de 'solidariedade' a 'império da barbárie'

No Twitter, parlamentares comentam a afirmação do ex-procurador-geral da República de que planejou matar a tiros o ministro Gilmar Mendes dentro do Supremo

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Rodrigo Janot deixou o comando do Ministério Público Federal em 17 de setembro. Foto: Adriano Machado/ REUTERS

A declaração do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse ter ido armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes, causou reação de deputados e senadores. Em um evento no Rio, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) desabafou: "Hoje descobrimos que o procurador-geral queria matar ministro do Supremo. Quem vai querer investir num país desse?". O assunto também ocupa, na manhã sexta sexta, 27, a lista dos tópicos mais comentados no Twitter.

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Nas redes, parlamentares falam de Janot e Gilmar, desde uma manifestação de solidariedade até anotações de que a fala do ex-procurador teria sido 'irresponsável'.

"Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar", afirmou o ex-PGR em entrevista ao Estado nesta quinta, 26.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) manifestou solidariedade a Janot e afirmou que Gilmar 'sempre teve pouco escrúpulo'.

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Já o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) considerou as declarações do ex-PGR 'irresponsáveis' e indicou que a declaração poderia influenciar outras pessoas.

O senador Humberto Costa (PT-PE) avaliou a 'confissão' de Janot 'absolutamente assustadora'.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) anotou: "É o império da barbárie".

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu paz: "Quando o ódio dá lugar aos argumentos diante das divergências, chega a hora de repensar se o extremo é mesmo o melhor caminho a ser seguido. Por mais paz e por mais exemplos de engrandecimentos do ser humano."

Ministro do Supremo Gilmar Mendes. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

Em resposta à Janot, Gilmar disse que lamentava que uma parte do 'devido processo legal no País' tenha ficado 'refém de quem confessa ter impulsos homicidas' e que o combate à corrupção no Brasil se tornou refém de fanáticos. O ministro do Supremo recomendou ainda que Janot procure ajuda psiquiátrica.

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