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'Quem vai querer investir num País desse?', diz Maia sobre declarações de Janot

Em tom de brincadeira, presidente da Câmara também afirmou esperar que PF 'tenha tirado porte' do ex-PGR

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Por Caio Sartori
Atualização:

RIO - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), brincou na manhã desta sexta-feira, 27, com as declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que, em entrevista ao Estado na quinta-feira, disse que pensou em matar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. "Hoje descobrimos que o procurador-geral queria matar ministro do Supremo. Quem vai querer investir num país desse?", questionou Maia em evento no Rio.

O presidente da Câmara dos Deputado, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Foto: Dida Sampaio/Estadão - 18/9/2019

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Ao arrancar risadas da plateia, o parlamentar complementou: "Pelo menos a Polícia Federal já devia ter retirado o porte de arma dele para a gente ficar mais tranquilo."

Após a palestra, a imprensa pediu para Maia analisar mais a fundo as declarações de Janot. "Sei lá", disse o deputado. "Não se pode nem mais brincar..."

Outro alvo de críticas de Maia foi o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. "O ministro do Meio Ambiente nega os dados técnicos do Inpe, esse é o Brasil que nós temos", disse, também no contexto de crítica à insegurança que o País gera nos investidores.

O presidente da Casa esteve na Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro com outros parlamentares para um debate sobre parcerias público-privadas (PPPs). Maia afirmou que o trecho restante da PEC da Cessão Onerosa, que garante a divisão dos recursos do leilão do pré-sal entre União, Estados e municípios, deve ser votada até o dia 12 de novembro.

“Todo mundo sabe da importância de reorganizar esses recursos para Estados e municípios. Tenho certeza de que o texto da Câmara não será muito diferente do texto do Senado”, disse. 

Um acordo feito por deputados e senadores nesta quinta-feira permite que o governo ressarça a Petrobras, para além do que autorizaria o teto de gastos, pela atualização dos valores de petróleo produzido na cessão onerosa. O Tribunal de Contas da União (TCU) considerava esse ponto como um empecilho para o leilão.

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