PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

A 'ciumeira' de Paulo Guedes com Rodrigo Maia

Por Marianna Holanda e Mariana Haubert
Atualização:

 Foto: Dida Sampaio/Estadão

A mais nova rusga entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e Paulo Guedes foi vista no Congresso e no Planalto como "ciumeira" do ministro da Economia.

PUBLICIDADE

O titular da pasta tem dito a interlocutores que quando apresenta um projeto a Maia, ele "rouba" a ideia e, muitas vezes, a piora. Há também, dizem, incômodo com a desenvoltura do presidente da Câmara junto ao mercado financeiro e sua proeminência na articulação das pautas econômicas.

Há cerca de um mês, Guedes já havia proibido seus subordinados de tratarem diretamente com o presidente da Câmara, mas abrandou a ordem após conversas com outros parlamentares. Um almoço marcado entre Maia, parlamentares e integrantes da pasta nesta semana, no entanto, teria sido a gota d'água para o ministro.

Um dos objetivos do almoço era retomar as conversas sobre o projeto que retomou o chamado Plano Mansueto com secretários da pasta. Para o autor do texto, o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), a atitude de Guedes é "um erro". "Não chega a inviabilizar a votação, mas atrasa o processo. A urgência econômica não nos dá ao luxo desse tipo de ciumeira", disse à Coluna.

Na noite da última terça-feira (1), durante a votação da Lei do Gás, a crise escalou. Maia foi avisado pela equipe econômica de que, talvez, não pudessem mesmo comparecer ao almoço marcado para o dia seguinte. Apesar de a nova lei ter sido aprovada, o incômodo nos bastidores gerou ruído na hora da votação.

Publicidade

O veredito da proibição de Paulo Guedes aos auxiliares foi confirmado horas antes do encontro, já na quarta-feira (2). Em entrevista à GloboNews na noite desta quinta-feira (3) Rodrigo Maia anunciou que a interlocução com Paulo Guedes "foi encerrada".

LEIA TAMBÉM: Reforma pouco ousada, mas viável, diz Guedes

Mais uma baixa: procurador da Greenfield deixa força-tarefa

 

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.