BRASÍLIA - O PSC vai ceder sua vaga de suplente da bancada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara para que o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) continue na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e à frente da relatoria da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Mais cedo, a cúpula do PSDB decidiu destituí-lo da suplência do partido na CCJ.
Em ofício encaminhado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder da bancada, Professor Victorio Galli (MT), confirmou que o tucano substituirá o pastor Marco Feliciano (SP), suplente na comissão. No colegiado, o PSC também tem uma vaga de titular, ocupada pelo líder do governo no Congresso, André Moura (SE).
A Secretaria Geral da Mesa na Câmara já formalizou a substituição na CCJ. Dessa forma, mesmo com a destituição feita pelo PSDB, Bonifácio poderá continuar na relatoria da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
Mais cedo, o vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Carlos Marun (MS) já tinha afirmado a mudança ao Estado/Broadcast Político.
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Pela regra, os partidos podem ceder vagas nas comissões da Casa a outras bancadas. Geralmente, as legendas fazem acordo para ter mais espaço nas comissões onde seus deputados têm mais atuação política.
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), lamentou a destituição de Bonifácio. O governista afirmou que havia "zero" chance de o tucano ser substituído na relatoria da segunda denúncia porque havia vários partidos da base aliada dispostos a oferecer uma vaga para o deputado mineiro. "Ele vai poder relatar na vaga de outro partido", disse. Ele disse que estava disposto a ceder sua própria vaga de titular em favor de Bonifácio.
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Mansur criticou a "incoerência" do PSDB e disse que a decisão era algo "chato para se fazer com um deputado de 10 mandatos". "Acho que o PSDB dentro da Câmara está muito dividido e isso é muito ruim para o País. Essa decisão de tirar uma figura notória da Casa é uma incoerência muito grande. Ele vai fazer um relatório da cabeça dele", comentou.