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Temer condena ataque à caravana e diz que clima de 'nós contra eles' não é bom para o País

Presidente criticou tiros, mas alegou que PT teria contribuído para radicalização do cenário político

Por Elizabeth Lopes
Atualização:

O presidente Michel Temer condenou na manhã desta quarta-feira o ataque sofrido pela caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite desta terça-feira, na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná. Dois ônibus foram alvejados com tiros, mas ninguém ficou ferido.  Em entrevista à rádio BandNews de Vitória, Temer disse: “É uma pena que tenha acontecido isso”, mas, fez questão de ressaltar que o clima belicoso de "uns contra outros, de nós contra eles" não é bom para o País e foi criado lá atrás (pelos próprios petistas).

Apesar dos baixos índices de aprovação do seu governo, Michel Temer quer se reeleger Foto: Rafael Arbex/Estadão

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Na avaliação de Temer, esse “sentimento raivoso” que se instalou no País é muito perigoso e nada útil à democracia. "Isso pode criar um clima de instabilidade no País", emendou, ressalvando crer que nessas eleições o eleitorado brasileiro deverá votar nos projetos que desenvolvem o País e não em pessoas. O emedebista rechaçou ainda as ameaças que estão sendo recebidas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como o relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, que teve reforço autorizado em sua segurança.

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Na entrevista, Temer foi indagado se concorrerá à reeleição com uma chapa puro sangue, com Henrique Meirelles - que está migrando do PSD para o MDB - de vice. "Vamos dar tempo ao tempo", disse o presidente da República, elogiando novamente seu atual ministro da Fazenda: "Meirelles pode ocupar qualquer cargo neste País, pois está habilitadíssimo para isso. Eu e Meirelles temos boa interlocução, trabalhamos bem juntos e ele está muito conectado a mim na seara política."

O emedebista disse que falou da possibilidade de se lançar à reeleição porque precisa que alguém defenda o bom legado deste governo, citando as suas principais bandeiras na área econômica e social. Ele repetiu que os adversário terão muito trabalho nessa campanha para rebater todos os avanços que implementou, como a redução da inflação, a queda nos juros, a aprovação do teto para os gastos públicos e a reforma do ensino médio. E reiterou que só não deu andamento à reforma da previdência - algo que os candidatos terão que debater nesta campanha eleitoral - porque teve de cuidar de um assunto mais urgente, a segurança pública em todo o País e a crise no setor no Rio de Janeiro.

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Ao falar da intervenção no Rio, Temer refutou que a medida não esteja surtindo efeito. "Já começou a dar resultado, não podemos ter a ilusão de resolver tudo imediatamente. A intervenção tem apenas um mês e o Rio está nessa situação há mais de 20 anos. Tenho certeza que dará certo."

Temer estará nesta quinta-feira em Vitória, no Espírito Santo, pela primeira vez em viagem oficial, inaugurando um aeroporto que teve investimentos de cerca de R$ 600 milhões.

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