
Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna, O Estado de S.Paulo
06 Abril 2018 | 13h49
SÃO BERNARDO DO CAMPO - A manifestação a favor do ex-presidente Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC transcorre pacificamente até o momento, mas o clima é de animosidade com os jornalistas que estão no local. Duas repórteres, uma da Bandeirantes e outra do SBT, foram hostilizadas com gritos de golpistas enquanto passavam seus boletins no terceiro andar da sede do sindicato, local onde a imprensa está posicionada.
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A militância já se concentra em maior número em frente do prédio, mas ainda sem tomar completamente a Rua João Basso, em São Bernardo do Campo, em frente ao sindicato, onde se encontra o ex-presidente.
O petista permanece reunido em uma sala fechada com lideranças do PT e com advogados, aguardando resultado de pedido habeas corpus que está sendo examinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Algumas vozes mais exacerbadas, porém isoladas, dizem que não vão permitir que a Polícia Federal (PF) leve Lula, caso o petista resolva não se entregar à Polícia Federal, em Curitiba, como determina a ordem de prisão emitida pelo juiz federal Sérgio Moro, e a PF resolva ir buscá-lo.
Associações de comunicação repudiaram as agressões sofridas por jornalistas em atos pró-Lula. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicaram notas que criticam com veemência as hostilidades praticadas contra a imprensa desde a noite de quinta-feira, 5.
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A Abraji informou, em nota, que "a violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades."
Confira a cobertura do 'Estadão' em tempo real sobre a prisão do ex-presidente
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