O vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, ressaltou em um documento enviado aos membros da Força Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, as razões pelas quais solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o processo referente ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fosse submetido à Justiça Eleitoral. Com isso, o tucano saiu da alçada das investigações da Lava Jato.
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RESPOSTADe acordo com Maia, os fatos 'indicavam suposta prática de crime eleitoral' e que cabe ao STJ ' remeter os autos à autoridade judicial que reputar competente' após Alckmin perder o foro privilegiado. " Não parece cabível falar-se em encaminhamento à Força Tarefa de feitos judiciais", ressalta Maia.
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No ofício o vice-procurador ressalta que 'não foi informado de 'apurações correlatas' e muito menos da alegada urgência no encaminhamento de investigações que tramitam em Inquérito sob o crivo do judiciário'. Além disso, diz que a Lava Jato 'não compartilhou qualquer informação que faça supor tratar-se de feito conexo, correlato ou daqueles decorrentes'
Na terça-feira, 10, a Força Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo pediu com urgência que o inquerito sobre Geraldo Alckmin fosse deslocado para sua competência. O argumento dos procuradores era que a investigação envolvendo o ex-governador tucano auxiliaria no "andamento avançado de outras apurações correlatas".
"A apuração suspensa não tem como procuradores naturais os titulares da Força Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo", afirma Maia. Em entrevista ao Estado, ele disse que o pedido 'passou mensagem equivocada de que as coisas estavam paradas' em Brasília.