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Promotoria denuncia ex-presidente da Câmara de Bauru na Operação 'Arquivos Deslizantes'

Roberval Sakai (PMB) e mais seis investigados são acusados de fraudes a licitações para compra do mobiliário para o edifício-sede do Legislativo municipal

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Luiz Vassallo e Karina Campos
Atualização:

Roberval Sakai Bastos Pinto (PMB). Foto: Câmara Municipal

O Ministério Público do Estado denunciou à Justiça em Bauru (SP) sete investigados da Operação 'Arquivos Deslizantes' - investigação sobre organização criminosa que fraudava licitações nos Estados de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul para aquisição da mobília para órgãos públicos.

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Na denúncia, os promotores do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, apontam fraude em licitação da Câmara municipal de Bauru.

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Entre os denunciados está o ex-vereador Roberval Sakai Bastos Pinto (PMB), que, segundo a Promotoria, participou de fraude no procedimento licitatório realizado para a aquisição de arquivos deslizantes na Casa.

Na ocasião, Sakai ocupava o cargo de presidente da Câmara.

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Os outros denunciados são os donos e representantes das empresas 'que atuaram na fraude e figuram como membros da organização criminosa desvendada'.

Esta é a terceira fase da 'Arquivos Deslizantes' e os promotores do Gaeco ainda vão apresentar outras acusações.

Na denúncia levada à Justiça nesta quinta-feira, 9, os promotores apontam fraude no Pregão Presencial nº 12/2012, da Câmara Municipal de Bauru, 'tendo sido o ex-vereador Roberval Sakai Bastos Pinto denunciado por concorrer para o delito de frustração do caráter competitivo da licitação, praticado pela organização criminosa descoberta'.

A Operação 'Arquivos Deslizantes' foi deflagrada em 14 de setembro, para cumprimento de 50 mandados, sendo 28 de busca e apreensão e 22 de prisão temporária, em diversas cidades de São Paulo e Minas.

Segundo a investigação foram identificadas mais de 70 licitações fraudadas pelo grupo 'em todas as regiões do Estado de São Paulo, em várias regiões de Minas e também em cidades do Rio Grande do Sul'.

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Os promotores calculam que as fraudes, somadas, provocaram prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 8 milhões.

As fraudes ocorreram em diversos órgãos públicos, principalmente Câmaras de vereadores.

Na segunda fase da operação foram oferecidas 14 denúncias criminais pela prática de delitos previstos na Lei de Licitações, 'todas contra os integrantes da organização criminosa que vinha há anos praticando fraudes em procedimentos licitatórios destinados à compra de móveis de escritório por diversos órgãos públicos, em especial módulos de arquivos deslizantes para guarda de documentos'.

COM A PALAVRA, ROBERVAL SAKAI

A reportagem tentou contato com o ex-presidente da Câmara municipal de Bauru (SP). O espaço está aberto para manifestação.

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COM A PALAVRA, A CÂMARA DE VEREADORES DE BAURU

"A respeito da denúncia apresentada pelo GAECO - Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, nesta quinta-feira (09/11), relativa à compra de arquivos deslizantes durante a gestão do biênio 2011-2012, a Câmara Municipal de Bauru informa que tem colaborado com as investigações, fornecendo toda a documentação solicitada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo."

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