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Perto da prisão da Lava Jato, Lula desafia procuradores e 'asseclas' para debate sobre provas

Em seu primeiro discurso após mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro, ex-presidente voltou a pregar sua inocência e disse que acusadores 'deram a primazia a bandidos de fazer o pixuleco no Brasil inteiro'

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Por Ricardo Galhardo e Igor Moraes
Atualização:

AP Photo/Andre Penner Foto: Estadão

Em seu primeiro pronunciamento público após a ordem de prisão para cumprimento de pena no caso triplex, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou procuradores e 'asseclas', o juiz federal Sérgio Moro, e desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, para 'um debate' sobre as 'provas' que embasam investigações que levaram à sua condenação.

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Do alto do carro de som estacionado à porta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, Lula disse que o Ministério Público e a Polícia Federal mentiram ao atribuírem a ele o triplex no condomínio Solaris, pivô de sua sentença a 12 anos e um mês de prisão.

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"Por isso que eu sou indignado. Porque eu fiz muita coisa nos meus 72 anos, mas eu não os perdoo por terem passado a sociedade para dizer que eu sou ladrão. Deram a primazia dos bandidos de fazer o 'pixuleco' no Brasil inteiro. Deram a primazia para os bandidos de chamar a gente de petralha".

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"O que eu não posso admitir é um procurador que fez um power point e foi para a TV dizer que o PT é uma organização criminosa que nasceu para roubar o Brasil e que o Lula, por ser o mais importante do partido, é o chefe. O procurador disse 'eu não preciso de provas, eu preciso de convicção'. Eu quero que ele guarde a convicção dele para os comparsas e asseclas dele e não para mim. Certamente, um ladrão não estaria exigindo provas. Estaria de rabo preso, de boca fechada."

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Lula disse que 'gostaria de fazer um debate com Moro sobre o que ele fez'. "Eu gostaria que ele me mostrasse alguma coisa de prova. Eu já desafiei os juízes do TRF-4 que eles fossem num debate na universidade que eles quiserem provar qual é o crime que eu cometi nesse país".

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