Os advogados de Michel Temer entregaram nesta quarta-feira, 5, à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara a defesa do presidente. Em quase cem páginas, os advogados buscam desmontar ponto a ponto a acusação do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que atribui a Temer corrupção passiva no caso JBS
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A TESE DO PRESIDENTE+ Defesa de Temer ataca acusação de Janot em 11 capítulos
O documento foi preparado pelo criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado e amigo de Temer. Mariz e o advogado do presidente em Brasília, Gustavo Guedes, levaram o documento à CCJ da Câmara, que examina a denúncia de Janot.
Segundo o procurador, Temer era o destinatário real da mala de propinas - R$ 500 mil em notas de R$ 50 - da JBS. A mala foi entregue a um ex-assessor especial do presidente, Rodrigo Rocha Loures, na noite de 28 de abril, em São Paulo.
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No documento de defesa, Mariz ataca inicialmente o 'açodamento" dos investigadores. "Foi aberto um inquérito sem sequer haver verificação da gravação (da conversa de Joesley com o presidente). Pediram inquérito e o ministro (Edson Fachin, relator do caso no STF) foi logo deferindo. Houve açodamento tanto do Ministério Público como do ministro que, sem maiores verificações, e monocraticamente, autorizou a investigação", questiona o advogado.
(AI) Defesa apresentada à CCJ da @camaradeputados é categórica: o presidente Temer não cometeu nenhum ato que justifique a denúncia da PGR. pic.twitter.com/CmSpl1YNU8— Michel Temer (@MichelTemer) 5 de julho de 2017