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Juiz remarca interrogatório de Cunha porque delação de Funaro não chega

Vallisney Oliveira, da 10.ª Vara Criminal Federal, determinou, ainda, à Polícia Federal, que leve ex-presidente da Câmara de volta à prisão da Lava Jato em Curitiba no máximo em duas semanas, com ou sem depoimento do peemedebista

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Eduardo Cunha. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O juiz Vallisney de Souza Oliveira remarcou para o próximo dia 10 o interrogatório do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), porque a delação do doleiro Lúcio Funaro, sob a guarda do Supremo Tribunal Federal, até agora não chegou à 10.ª Vara Criminal Federal de Brasília - onde o peemedebista e o doleiro são réus da Operação Sépsis, processo sobre desvios do Fundo de Investimentos FGTS da Caixa. Em despacho desta terça-feira, 3, Vallisney determinou, ainda, que Eduardo Cunha seja levado de volta à prisão da Lava Jato, em Curitiba, no máximo entre 17 e 18 de outubro, 'com ou sem a efetivação de seu interrogatório'.

+ Moro nega mais um pedido de Eduardo Cunha para ficar preso em Brasília+ Eduardo Cunha permanece em Brasília para depor na Sépsis+ Eduardo Cunha vai ficar 9 dias na Papuda

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VALLISNEY DECIDE

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O magistrado ordenou que, caso o depoimento do peemedebista seja adiado novamente para data posterior ao dia 16, o ato 'será realizado por meio de videoconferência'.

No despacho, Vallisney destacou que foi solicitada ao STF cópia da delação premiada de Funaro.

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"Reitere-se a solicitação de remessa a este Juízo da delação/colaboração de Lúcio Bolonha Funaro, com urgência, ao STF, consignando-se que se trata de ação penal movida contra denunciados presos, com vários adiamentos nos interrogatório, justificando-se, assim, a remessa das informação com a brevidade necessária, sem embargos dos expedientes anteriormente enviados (Ofícios n.2s 1118 e 1160), a fim de que seja possível proceder ao cumprimento da decisão do STJ e à garantia da celeridade necessária ao processo", anotou.

O magistrado também pontuou que, 'com ou sem efetivação' do interrogatório de Cunha no dia 10 de outubro, o peemedebista deverá voltar à prisão em Curitiba entre os dias 17 e 18.

"Consignando-se que, caso o interrogatório seja adiado para data posterior ao dia 16/10/2017, o ato (interrogatório de EDUARDO CUNHA) será realizado por meio de videoconferência", afirma.

O ex-presidente da Câmara tem insistido para permanecer preso em Brasília. O juiz federal Sérgio Moro negou, no dia 22 de setembro, mais uma vez, pedido da defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para ficar mais tempo preso em Brasília.

Quando foi enviado ao Distrito Federal, o peemedebista solicitou permanência definitiva em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda, indeferida por Moro, em agosto.

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Sépsis. No seu interrogatório, Cunha deverá ser questionado sobre sua suposta atuação junto ao ex-vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa, Fabio Cleto. Em sua delação premiada, Cleto afirmou que o ex-deputado e o corretor Lúcio Bolonha Funaro intermediavam pagamento de propina para liberação de valores do FI-FGTS para grandes grupos econômicos.

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