Senado aprova moção de repúdio a assessor de Bolsonaro e chama novo chancelar para o plenário

Na semana passada, Martins fez um gesto considerado ofensivo em uma sessão com então chanceler Ernesto Araújo

PUBLICIDADE

Foto do author Daniel  Weterman
Por Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA - O Senado aprovou nesta quarta-feira, 31, uma moção de repúdio ao assessor especial para Assuntos Internacionais do presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins. Na semana passada, Martins fez um gesto considerado ofensivo quando o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, participava de uma audiência no Senado. Também nesta quarta, os senadores aprovaram um convite para ouvir o novo chanceler, Luiz Fernando Serra, em uma sessão da Casa. 

Senado quer ouvir agora o novo chanceler sobre a política externa brasileira Foto: Dida Sampaio / Estadão

PUBLICIDADE

O voto de repúdio foi feito após o assessor de Bolsonaro formar um círculo com o polegar unido ao indicador, deixando os outros três dedos esticados. O vídeo viralizou nas redes sociais e causou críticas. Senadores associaram a atitude ao símbolo de supremacistas brancos, já que o gesto representaria as letras WP (White Power). Outros classificaram o gesto como obsceno. Martins negou as duas versões e disse que estava apenas ajeitando o paletó. A Polícia Legislativa do Senado foi acionada para investigar o ato.

No início da semana, Araújo entregou o cargo após atacar a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO). O Senado quer ouvir agora o novo chanceler sobre a política externa brasileira.

Formalmente, o requerimento aprovado na sessão desta quarta é para realização de uma sessão de debates destinada a debater o Mercosul. Os senadores, porém, querem questionar Luiz Fernando Serra sobre a inclinação ideológica do Brasil na política externa brasileira sob o comando do presidente Jair Bolsonaro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.