Pacheco diz que Senado não pode 'censurar' discurso antivacina

Presidente da Casa deixou claro que discorda de discurso negacionista, mas pregou respeito às posições

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Por Redação
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BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou nesta terça-feira, 15, que a Casa Legislativa tem que permitir a realização de debates sobre posições negacionistas na pandemia. A afirmação foi resposta à cobrança de que o Senado havia realizado na segunda-feira uma audiência pública em que um grupo de médicos relativizou a eficácia dos imunizantes.

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“Nós respeitamos, embora discordemos de todas essas manifestações negacionistas antivacina que prestam grande desserviço para a população brasileira”, afirmou o mineiro.

Ontem, 14, a pedido do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), o plenário do Senado promoveu uma sessão de debates em que as medidas de distanciamento social e as vacinas foram criticadas. O senador do PSD ressaltou que discorda das posições, mas disse que não pode “censurar” ou “controlar” o debate.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que a Casa Legislativa tem que permitir a realização de debates sobre posições negacionistas na pandemia. Foto: Roque de Sá/Agência Senado - 3/2/2022

“Essas posições já são conhecidas, são posições que nós reputamos negacionistas e portanto indevidas para a sociedade brasileira, mas o direito de dizer e debater no Senado Federal é também um direito que temos que assegurar em uma sessão de debates. Não é possível fazer qualquer tipo de controle ou censura”, falou.

A fala foi feita após a inauguração de um memorial em homenagem às vítimas da pandemia do coronavírus. Também participaram os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da comissão, e Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE), também integrantes do colegiado.

Na ocasião, Pacheco foi cobrado por Renan a dar andamento aos projetos sugeridos pela CPI. Em resposta, o presidente do Senado defendeu que a Comissão de Constituição e Justiça comece a analisar os textos.

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