Nicarágua é terceiro país vetado da posse presidencial

Futuro chanceler Ernesto Araújo afirmou em rede social que líder do país é contra a liberdade do povo da Nicarágua

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Por Mariana Haubert
Atualização:

O futuro chanceler, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo, 23, que nenhum integrante do governo da Nicarágua participará da posse de Jair Bolsonaro como presidente da República no próximo dia 1° de janeiro.

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Por meio de sua conta no Twitter, Araújo disse que a posse do futuro mandatário "marcará o início de um governo com postura firme e clara na defesa da liberdade". "Com esse propósito e frente às violações do regime [Daniel] Ortega contra a liberdade do povo da Nicarágua, nenhum representante desse regime será recebido no evento do dia 1º", continua a mensagem.

Este é o terceiro país vetado de ter representantes na posse. Na semana passada, Bolsonaro afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, não seriam convidados para o evento por "serem ditadores". A pedido da equipe de Bolsonaro, o Itamaraty teve que enviar comunicados aos governos dos dois países os desconvidando de participar da cerimônia de posse. Inicialmente, a diplomacia brasileira havia convidado todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas.  

O diplomata Ernesto Araújo, chanceler. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Na quinta, 20, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que não permitirá uma mudança da esquerda para a direita em seu país e chamou o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, de "louco". "A Venezuela não é o Brasil. Aqui não vai ter um Bolsonaro. Aqui será o povo e o chavismo por muito tempo. Bolsonaro aqui não teremos nunca, porque nós construímos a força popular", declarou. 

Maduro reafirmou que existe um "complô" dos Estados Unidos para derrubá-lo, com o apoio de Brasil e Colômbia. A pressão diplomática contra Maduro tem aumentado com a saída de milhares de imigrantes venezuelanos que fogem da crise econômica em seu país. / Com informações da AFP

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