Major Olímpio pede destituição do diretório estadual do PSL em SP, comandado por Eduardo

'O PSL de São Paulo hoje é terra arrasada', diz o líder do partido no Senado

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, e outros parlamentares da sigla vão protocolar nesta quarta-feira, 23, na Executiva Nacional um pedido de destituição da direção estadual do partido em São Paulo, hoje sob o comando do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Este é mais um capítulo da disputa travada por bolsonaristas e o grupo do deputado federal Luciano Bivar, presidente da sigla, pelo comando do partido do presidente Jair Bolsonaro. "O PSL de São Paulo hoje é terra arrasada. Eduardo Bolsonaro nunca assumiu nada. Ele literalmente destruiu o partido", disse ao Estado o senador.

Major Olimpio (SP), líder do PSL no Senado. Foto: Dida Sampaio/Estadão - 18/9/2019

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Ainda segundo Olímipio, a nova direção estadual do PSL que assumiu no dia 25 de abril em uma intervenção direta da família Bolsonaro destituiu 350 executivas municipais que haviam sido organizadas no interior de São Paulo. "Eles alegam que ninguém dessas executivas adotou o conservadorismo na medida que eles queriam."

A disputa interna pode implodir a estratégia eleitoral do PSL no maior colégio eleitoral do Brasil. Olímpio terá ainda nesta quarta uma reunião com Bivar para tratar da suspensão. O mandato de Eduardo terminaria de 31 de dezembro. Iniciativas semelhantes podem acontecer em outros diretórios do PSL pelo País. 

Outro efeito da disputa interna é a indefinição do nome do PSL para disputar a Prefeitura de São Paulo. A deputada Joice Hasselmann, que foi destituída da liderança do governo Bolsonaro no Congresso, vai assumir o diretório do PSL municipal na capital. 

Segundo Olímpio, ela é a favorita para disputar a Prefeitura, mas o clã Bolsonaro tenta evitar esse movimento e lançar o deputado Gil Diniz, líder o PSL na Assembleia Legislativa.

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