PUBLICIDADE

General nomeado por Bebianno deixa o governo de Jair Bolsonaro

Maynard Santa Rosa era o último secretário nomeado pelo ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno

PUBLICIDADE

Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - Mais um general deixou o governo. O general da reserva Maynard Santa Rosa pediu demissão do comando da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão subordinado à Secretaria-Geral da Presidência. Ele era o último secretário nomeado pelo ex-ministro da pasta Gustavo Bebianno, primeiro ministro a perder o posto na Esplanada, ainda em fevereiro. A saída do militar foi comunicada à sua equipe no início da tarde desta segunda-feira, 4.

Ao menos outros cinco militares, entre generais e coronéis do Exército, que trabalham na equipe de Santa Rosa devem deixar a SAE.

O ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gustavo Bebianno, opresidente Jair Bolsonaro e o General Maynard Marques de Santa Rosa em janeiro deste ano no Palácio do Planalto. Foto: Alan Santos/Presidência da República

PUBLICIDADE

Segundo apurou o Estado, a saída do secretário foi motivada por descontentamentos na relação com o atual ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira. Logo que assumiu o cargo, em junho, Oliveira afastou a secretária de Modernização do Estado, Márcia Amorim, também nomeada por Bebianno.

Nas palavras de auxiliares, Oliveira deixou Santa Rosa na "geladeira", sinalizando que não o queria mais no cargo. Depois de pedir demissão, o general conversou com Bebianno. 

Presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Bebianno foi demitido após desentendimentos com o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho "02" do presidente Jair Bolsonaro.

Exoneração em 2010 por Lula

Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também exonerou Santa Rosa. Na ocasião o general ocupava o cargo de chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército. O general havia criticado, em carta publicada na internet, a Comissão da Verdade, criada pelo governo para investigar crimes de violação aos direitos humanos durante o regime militar.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.