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Para reequilibrar Orçamento, País passa por 'forte redução de despesas', afirma Dilma

Para presidente, momento atual é de 'transição' e Brasil tem 'condições de superar as dificuldades e avançar na trilha do desenvolvimento'

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast), Tania Monteiro e Álvaro Campos
Atualização:

Nova York - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 28, durante discurso na Assembleia-Geral da ONU, que o Brasil tem "condições de superar as dificuldades atuais e avançar na trilha do desenvolvimento", mencionando ainda que o momento atual é de "transição". "Estamos em um momento de transição para um outro ciclo de expansão profundo, sólido e duradouro."

Dilma disse que o Brasil está "reequilibrando o Orçamento e fazendo forte redução de despesas" e "até dos investimentos". "Hoje, a economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que há alguns anos", afirmou, ressaltando que o processo de inclusão social não foi interrompido.

Presidente Dilma Rousseff na Assembleia-Geral da ONU em Nova York Foto: Matt Campbell/EFE

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Limite. Segundo a presidente, por seis anos o Brasil buscou barrar as consequências da crise financeira mundial, evitando que os efeitos se abatessem sobre o País. Ela citou medidas tomadas pelo governo, incluindo a redução de impostos e a tentativa de ampliação do crédito. "Esse esforço chegou a um limite tanto por razões fiscais internas como por aquelas relacionadas ao quadro externo", afirmou em seu discurso na ONU.

Em sua fala na abertura do evento, Dilma também falou de corrupção e de problemas internos do País. "O governo e a sociedade brasileira não toleram e não tolerarão a corrupção", afirmou.

Arrecadação. "A lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo das commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento", disse Dilma. Ela afirmou ainda que a desvalorização cambial e as "pressões recessivas" produziram inflação no País e forte queda da arrecadação, levando a "restrições das contas públicas". A queda da arrecadação foi uma das justificativas oficiais para o governo reduzir as metas de superávit primário no País.

"Esperamos que o controle da inflação, a retomada do crescimento e do crédito contribuirão para uma maior expansão do consumo das famílias", disse a presidente, que retorna ao País nesta segunda-feira para retomar a reforma ministerial.

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