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Depois de bispos, grupo de padres lança carta com críticas a Bolsonaro

Com adesão de mais de mil nomes, religiosos também reclama de gestão do governo federal na crise do novo coronavírus

Foto do author Felipe Frazão
Por Felipe Frazão e Tomás Conte
Atualização:

Um grupo de padres divulgou nesta quinta-feira, 30, uma carta em “apoio e adesão” aos bispos que assinaram um documento com críticas ao governo de Jair Bolsonaro com o nome de “Carta ao Povo de Deus”. O texto com a assinatura de 152 bispos e arcebispos brasileiros, foi divulgado na última segunda-feira, 27, e ainda será analisado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A carta dos padres, intitulada “Caminhamos na Estrada de Jesus”, que já tem 1.058 adesões, afirma que o documento dos bispos “representa nossos pensamentos e sentimentos”. Os padres ainda afirmam que a carta é “uma leitura lúcida e corajosa da realidade atual à luz da fé”.

Os padres também criticaram o governo do presidente Jair Bolsonaro. “Sabemos que os que nos governam têm o dever de agir em favor de toda a população, de maneira especial, os mais pobres. Não tem sido esse o projeto do atual Governo”. Desta forma, eles declaram também estarem “profundamente indignados com ações do Presidente da República em desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também com a da ‘nossa irmã, a Mãe Terra’, e tantas ações que vão contra a vida do povo e a soberania do Brasil”.

“Nós, ‘Padres da Caminhada’, ‘Padres contra o Fascismo’, diáconos permanentes e tantos outros padres irmãos, empenhados em diversas partes do Brasil a serviço do Evangelho e do Reino de Deus, manifestamos nosso agradecimento e apoio aos bispos pela Carta ao Povo de Deus”, escreveram.

Na carta, os padres ainda se solidarizaram com as famílias vítimas da covid-19 e criticaram a condução da pandemia. “Próximos de atingir 100 mil mortos nesta pandemia, é inadmissível que não haja neste governo um Ministro da Saúde, que possa conduzir as políticas de combate ao novo coronavírus”, escreveram.

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