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Bolsonaristas protestam em frente à casa do ministro Alexandre de Moraes: 'Comunista'

Magistrado suspendeu a nomeação do novo diretor da Polícia Federal que tinha sido definida pelo presidente Jair Bolsonaro

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Foto do author André Borges
Foto do author Amanda Pupo
Por André Borges e Amanda Pupo (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA – Um grupo de manifestantes pró-Bolsonaro fez um protesto neste sábado, 2, em frente ao prédio onde o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem residência, em São Pauloo magistrado suspendeu a nomeação do novo diretor da Polícia Federal que tinha sido definida pelo presidente Jair Bolsonaro.

STFinterrompeu julgamento que discute se Estados podem cobrar impostos de pessoas que tiverem recebido heranças ou doações originadas do exterior após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. Foto: Nelson Jr./SCO/STF

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Com uso de um megafone, cerca de 20 manifestantes, com carros parados na calçada cobertos com a bandeira do Brasil, xingavam Moraes e pediam para que ele descesse até a rua. O ministro foi chamado de “comunista que não gosta de polícia” e que estava “com medo do Ramagem”.

O Estado apurou que duas pessoas acabaram detidas pela Polícia Civil de São Paulo e que podem ser alvos processo por ameaça, calúnia, injúria e difamação. Procurado pela reportagem, o ministro não comentou o assunto.

As agressões e ameaças contra o ministro do STF têm origem em sua decisão tomada na quarta-feira, 29. Poucas horas antes da cerimônia de posse do novo diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro escolhido para ocupar o posto, Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação. A decisão liminar atendeu a um pedido apresentado pelo PDT após o governo baixar decreto confirmando a indicação.

De acordo com Moraes, as declarações anteriores dadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sobre a tentativa de interferências na autonomia da corporação, além da divulgação de mensagens trocadas com o ex-ministro e a abertura do inquérito no próprio Supremo para investigar as acusações, motivaram a necessidade de impedir a posse de Ramagem.

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