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Veja os prováveis candidatos para governador de MG nas eleições 2018

Pelo menos oito partidos já contam com pré-candidatos para a corrida eleitoral mineira

Por Igor Moraes
Atualização:

A pouco mais de um mês da abertura do prazo oficial para realização das convenções partidárias que definirão os candidatos das eleições 2018, o cenário para a disputa pelo Governo de Minas Gerais está desenhado com ao menos oito nomes.

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Apesar das denúncias de corrupção que atingiram figuras centrais de ambos os partidos nos últimos anos, PT e PSDB já definiram seus pré-candidatos e esperam protagonizar novamente a corrida eleitoral mineira. Ao mesmo tempo, siglas como PSB, DEM, PSOL, Rede e até mesmo o MDB – partido do atual vice-governador - se articulam para oferecer alternativas à polarização entre tucanos e petistas.

Confira abaixo os prováveis nomes que deverão disputador o cargo de governador de Minas Gerais:

Fernando Pimentel (PT)

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), deverá ser candidato à reeleição nas eleições 2018 Foto: Veronica Manevy/Imprensa MG

Atual governador do Estado, Fernando Pimentel deverá ser candidato à reeleição em Minas Gerais. Ex-prefeito de Belo Horizonte por dois mandatos (2001-2009) e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior durante o governo de Dilma Rousseff, o petista responde duas ações judiciais por supostamente ter excedido gastos na campanha para o Governo nas eleições de 2014. De acordo com seus advogados, os processos não deverão interferir no pleito atual porque não devem ser julgados por um órgão colegiado ainda em 2018.

Outras duas ações contra Pimentel, propostas pelo PSDB, foram julgadas improcedentes pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais no final de maio.

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Em abril, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes (MDB), autorizou a abertura de um processo de impeachment contra o governador em razão de supostos atrasos de repasses financeiros para o Legislativo, o Judiciário e prefeituras. O processo está parado na Assembleia.

Antônio Anastasia (PSDB)

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) tenta retornar ao governo de Minas Foto: Pedro França/Agência Senado

Com apoio do PSC, PSD e mais recentemente do PPS, o senador Antonio Anastasia pretende ser a principal força de oposição ao atual governador nas eleições 2018. O tucano era vice-governador de Minas Gerais em 2010, quando assumiu a chefia do Executivo estadual depois da renúncia de Aécio Neves para concorrer ao Senado. Nas eleições daquele ano, Anastasia foi reeleito governador no primeiro turno. Ele permaneceria no cargo até o início de 2014, quando também renunciou ao Governo para disputar o Senado e trabalhar na campanha de Aécio para a Presidência da República.

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Como senador, Anastasia foi relator do processo que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e, mais recentemente, também relatou o projeto que regulamenta as eleições indiretas para presidente da República e vice quando os cargos ficarem vagos nos dois últimos anos de mandato.

Marcio Lacerda (PSB)

Lacerda disse acreditar que a possível associação de seu nome com o de Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) não será um problema. Foto: Gualter Naves/Agência Estado

Possível alternativa para a polarização entre PT e PSDB nas eleições para governador de Minas Gerais, Márcio Lacerda já foi o responsável pela improvável união de tucanos e petistas nas urnas. Em 2008, o então governador Aécio Neves (PSDB) e o prefeito Fernando Pimentel (PT) firmaram uma aliança para apoiar Lacerda na campanha vitoriosa pela prefeitura de Belo Horizonte.  Ele ainda seria reeleito para o cargo em 2012.

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Apesar de recentemente ter recebido o apoio do PDT e do Pros para a corrida pelo Palácio da Liberdade, Lacerda ainda considera a chance de ser candidato a vice na chapa de Ciro Gomes para a corrida presidencial nas eleições 2018. A possibilidade é cogitada na eventual aliança entre PSB e PDT no cenário nacional.

Rodrigo Pacheco (DEM)

Deputado Rodrigo Pachecoem sessão na Câmara Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Recém-filiado ao DEM, Rodrigo Pacheco deixou o MDB em março para ser pré-candidato a governador de Minas Gerais.  O deputado federal ganhou destaque na Câmara dos Deputados ao presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Casa em 2017, ano em que os parlamentares analisaram duas denúncias contra o presidente Michel Temer.

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De acordo com Pacheco, sua pré-candidatura mantém negociações com Avante, PEN, PP, PMB e Solidariedade em busca de apoio.

Dirlene Marques (PSOL)

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Se a pré-candidatura do PSOL for confirmada, Dirlene Marques deverá ser a única mulher a disputar o Governo de Minas Gerais nas eleições 2018. A professora do Departamento de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) voltará às urnas depois de 24 anos – ela foi candidata a deputada estadual pelo PT em 1994 - e contará com o apoio do PCB.

Romeu Zema (NOVO)

Romeu Zema, candidato do Partido Novo ao governo mineiro Foto: Facebook Romeu Zema/Reprodução

O empresário Romeu Zema é a aposta do Partido Novo para governador de Minas Gerais. Sem histórico na política, ele defende o corte de gastos públicos e a privatização de empresas estatais.

Em uma entrevista recente, o proprietário do grupo Zema defendeu a “fusão” de Estados brasileiros para redução de despesas e sugeriu que a medida começasse pelo Nordeste do País. “O Brasil deveria pegar alguns Estados muito pequenos, como aqueles do Nordeste, Sergipe, Alagoas, e fazer uma fusão. Menos governador, menos assembleia e menos despesas para nós”, disse.

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João Batista Mares Guia (Rede)

João Batista Mares Guia, pré-candidato a governador de Minas pela Rede, ao lado da presidenciável Marina Silva Foto: Chris Bonfatti/ Assessoria

O sociólogo João Batista Mares Guia é o pré-candidato a governador de Minas pela Rede Sustentabilidade. Militante estudantil contra a ditadura militar, ele participou dos processos de formação de PT e PSDB no final dos anos 70 e 80.

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Ex-deputado estadual nos anos 80 e ex-secretário estadual de Educação de Minas nos anos 90, Mares Guia estava afastado da política desde 2000, ano em que se deixou do PSDB. Em 2017, se filiou à Rede para disputar as eleições estaduais.

MDB

Apesar de ser o partido do atual vice-governador, Antônio Andrade, o MDB não deverá apoiar a reeleição de Fernando Pimentel e pretende lançar candidatura própria para o Governo de Minas.

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Além de Antônio Andrade, estão entre os nomes cogitados para a corrida eleitoral o deputado estadual Adalclever Lopes, presidente da Assembleia Legislativa de Minas; e o deputado federal Leonardo Quintão.

Dinis Pinheiro (SD)

Dinis Pinheiro, que já foi presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais,deve concorrer ao Senado por MG. Foto: Marcelo Metzker/ALMG

Dinis Pinheiro retirou sua pré-candidatura ao governo de Minas Gerais. Candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Pimenta da Veiga em 2014, ele deverá concorrer ao Senado nas eleições 2018.

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Pinheiro ainda não definiu quem receberá seu apoio na corrida eleitoral deste ano e mantém conversas com Antonio Anastasia, Rodrigo Pacheco e Márcio Lacerda.

Calendário das eleições

Conforme os prazos fixados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os partidos devem realizar entre os dias 20 de julho e 5 de agosto as convenções para escolha dos candidatos nas eleições 2018. Depois disso, os pedidos de candidatura devem ser enviados para a Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto. Os requerimentos serão julgados até 17 de setembro.

COLABOROU JONATHAS COTRIM