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Skaf elogia Temer e Meirelles e admite ter pedido dinheiro para Marcelo Odebrecht em 2014

Pré-candidato do MDB ao governo paulista negou ter conhecimento de jantar delatado por executivos da Odebrecht com Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco onde supostamente teria sido combinado um repasse de R$ 10 milhões para sua campanha

Por Paulo Beraldo
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf, pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo, disse nesta sexta-feira, 8, que seu candidato para as eleições de 2018 é o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, tentando afastar a possibilidade de apoio ao deputado Jair Bolsonaro (PSL).

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O Estado mostrou na quinta-feira que eles iniciaram uma aproximação em São Paulo. Skaf afirmou, ainda, que apesar da má avaliação, o presidente Michel Temer fez reformas importantes e necessárias para o País, e negou ter sido beneficiado por recursos indevidos da Odebrecht. 

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"Meirelles está se apresentando como o candidato para retomar o crescimento no País". Skaf, no entanto, ressaltou ter respeito aos outros candidatos, como Jair Bolsonaro (PSL). Questionado sobre o depoimento prestado à Polícia Federal em março sobre um jantar em Brasília em que Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco teriam pedido repasses de R$ 10 milhões para campanhas eleitorais do MDB em 2014, Skaf negou. 

"Nunca soube desse jantar. Não fui convidado, descobri pela imprensa", afirmou. A declaração foi dada em sabatina do UOL, Folha de S. Paulo e SBT. "Todas as minhas contas foram aprovadas pelo TRE, sem ressalvas. O meu caso não tem nada a ver com esse jantar", disse. 

Skaf afirmou que chegou a pedir repasses para Marcelo Odebrecht, mas também para outros doadores. Segundo ele, foram mais de 500. "A Odebrecht fez doação de 200 mil reais por uma empresa do grupo e eu recebi. Tudo isso está declarado oficialmente", reforçou. Sobre a atual campanha, o empresário disse que não pretende usar recursos próprios. 

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Perguntado sobre a possibilidade de abandonar a disputa pelo governo estadual, descartou as possibilidades de ser candidato para outro cargo em 2018.  

Paulo Skaf, pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo Foto: Helvio Romero/Estadão

Questionado sobre o aumento no teto de gastos para funcionários públicos em São Paulo, que deve ter impacto de R$ 1 bilhão em quatro anos, se disse contrário. "Se tiver folga financeira, tem que pagar melhor professor, policial, e não aumentar o teto", disse. 

Paulo Skaf tenta pela terceira vez ser governador de São Paulo. Em 2010, foi vencido por Geraldo Alckmin (PSDB) e nem chegou ao segundo turno. Já em 2014 ficou em segundo lugar, quando Alckmin venceu novamente.  

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