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PT orienta militância a não mencionar Lula como candidato

Postulante ao governo, Luiz Marinho diz em nota que panfletos com Lula foram distribuídos ‘por engano’ em fábricas

Foto do author Daniel  Weterman
Por Ricardo Galhardo e Daniel Weterman
Atualização:

SÃO PAULO - A coordenação de campanha do PT distribuiu uma circular no início da noite desta quarta-feira, 5, na qual orienta os candidatos e militantes do partido a não mencionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato e “manter o pedido de voto apenas para coligação ‘O Povo Feliz de Novo 13’”, com Fernando Haddad como candidato a vice.

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O texto pede “estado de atenção permanente” ao cumprimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que indeferiu a candidatura do petista com base na Lei da Ficha Limpa.

“Discordamos da decisão do TSE, estamos nos defendendo em todas as instâncias, no entanto, acatamos o teor dessa decisão. A velocidade e o horário em que são julgados recursos contra nossos programas nos obrigam a manter estado de atenção permanentes”.

O ex-prefeito Fernando Haddad, candidato a vice na chapa petista,durante ato em São Bernardo do Campo Foto: Andre Penner/AP

Nesta quarta, a campanha de Luiz Marinho, candidato ao governo de São Paulo, divulgou nota na qual afirma que panfletos com Lula retratado como candidato foram distribuídos a metalúrgicos “por engano”.

Em conversas com lideranças petistas nesta semana, Lula disse que o partido deve cumprir a decisão do TSE e esperar o resultado do recurso no Supremo Tribunal Federal antes de executar a substituição da cabeça de chapa. O anúncio deve acontecer em São Paulo no dia 10 ou 11, véspera e dia do encerramento do prazo dado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Recebido por militantes como o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad fez um corpo a corpo com eleitores em Diadema, primeira cidade administrada pelo partido, pedindo votos no “13”.

Haddad condicionou uma definição sobre a candidatura do partido à decisão do STF. “Vamos aguardar o Supremo. A última palavra é do Supremo”, respondeu após caminhada por ruas do centro da cidade. Ao cumprimentar eleitores, o ex-prefeito era saudado como candidato. “Meu presidente, meu voto é seu”, disse um deles, para quem Haddad respondeu: “Estamos juntos.”

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Manuela discute com eleitor do PSL 

A deputada Manuela d'Ávila (PCdoB), cotada para ser vice da chapa presidencial encabeçada pelo PT, e que acompanhou nesta quarta a agenda de Fernando Haddad, discutiu com um homem na porta de uma metalúrgica em São Paulo.

Quando discursava pedindo o apoio dos metalúrgicos ao “time de Lula”, Manuela foi interrompida pelos gritos de “é mentira”. “Aqui não tem quem mente”, respondeu ela.

A jornalistas, o funcionário se identificou como Denis Gregório e declarou que vai votar em Jair Bolsonaro (PSL) nesta eleição. “Não concordo com eles, e esse é um sentimento que muita gente não tem coragem de expor.”

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